Estudo descobre possível tratamento para Alzheimer em remédios já conhecidos
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |
Pesquisadores vêm estudando, dia após dia, um possível tratamento para o Alzheimer. No entanto, um novo estudo do Rush University Medical Center (EUA) aponta que dois medicamentos já disponíveis nas farmácias podem ter potencial contra a doença, não apenas neutralizando os danos cerebrais causados, mas também melhorando a cognição.
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Trata-se do gemfibrozila (especialmente indicado para reduzir o colesterol) e o ácido retinoico, também conhecido como tretinoína, um derivado da vitamina A (usado para tratar várias doenças, desde acne até psoríase, uma doença autoimune).
Os dois medicamentos estão sendo estudados por seu forte impacto no cérebro e um novo papel potencial que poderia um dia levá-los a lutar contra o Alzheimer, ainda considerado uma doença cerebral incurável. Os dois remédios contam com uma capacidade de se concentrar nos astrócitos do cérebro, células que podem ser responsáveis pelo acúmulo de uma placa pegajosa que danifica os neurônios (chamada de beta amiloide).
A equipe de pesquisadores descobriu que esses dois medicamentos, quando usados juntos, forçam os astrócitos a reverter o processo destrutivo e reduzem a placa beta amiloide, melhorando a função cognitiva. As descobertas sugerem que, futuramente, talvez essas drogas possam ser reaproveitadas para induzir os astrócitos a um papel benéfico.
De qualquer forma, ainda não se sabe quando os experimentos podem avançar para um ensaio clínico com a participação de seres humanos. Por enquanto, as análises foram conduzidas apenas em camundongos. O estudo pode ser encontrado aqui.
Fonte: Medical Xpress