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Espanha está longe da imunidade de rebanho da COVID, diz estudo com anticorpos

Por| 07 de Julho de 2020 às 20h20

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Reprodução: Pixabay
Reprodução: Pixabay

Apenas 5% da população espanhola desenvolveu anticorpos contra a COVID-19, de acordo com um estudo realizado no país e publicado na revista Lancet nesta segunda-feira (6). Sendo assim, segundo a pesquisa, a imunidade de rebanho é algo que não pode ser alcançado. O termo significa que, mesmo que muitas pessoas tenham se curado da doença ou recebido uma vacina, aqueles que não foram afetados estão imunes.

A pesquisa, de acordo com o Centro Europeu de Controle de Doenças, pode ser considerada o maior estudo sorológico sobre o novo coronavírus realizado por países europeus. O estudo contou com mais de 61 mil pessoas, complementando outras descobertas de anticorpos feitas em Geneva, na Suíça, com 2,766 participantes.

Os médicos ainda não sabem ao certo se ter contraído a doença e se curado significa ter imunidade, muito menos por quanto tempo ou com qual eficácia os anticorpos permaneceriam ativos. O estudo começou a ser realizado na Espanha no começo de abril, enquanto o país ainda estava sob um regime rígido de lockdown, concluindo que "a imunidade de rebanho é algo difícil de alcançar sem aceitar os efeitos colaterais de muitas mortes em uma população suscetível e a sobrecarga dos sistemas de saúde", de acordo com a conclusão do relatório.

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Marina Pollán, principal autora do estudo e diretora do Centro Nacional de Epidemiologia, contou em entrevista à CNN que cerca de 60% de soroprevalência pode significar a imunidade de rebanho, mas que esse número ainda está longe de ser atingido. A Espanha chegou a ser um dos países que mais lutou contra o novo coronavírus da Europa, chegando a mais de 28 mil mortes e mais de 250 mil pessoas infectadas.

Enquanto o país todo apresenta taxa de 5% de imunidade de rebanho, a região metropolitana de Madrid, por si só, conta com 10%, e a área urbana de Barcelona 7%. Outras regiões, no entanto, estão com as porcentagens bem mais baixas. Já os estudos registrados em Genebra, entre abril e maio, mostram apenas 10,8% de imunidade de rebanho.

 

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Fonte: CNN via Lancet