EpiVacCorona: depois da Sputnik V, Rússia apresenta 2ª vacina contra a COVID-19
Por Natalie Rosa | 14 de Outubro de 2020 às 16h20
A Rússia acaba de obter a aprovação de uma segunda vacina contra a COVID-19, dois meses depois de ter anunciado a Sputnik V, que gerou controvérsia por não ter sido apresentada com provas seguras de sua eficácia.
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A nova fórmula, batizada de EpiVacCorona, ainda não entrou na fase 3 de testes, que acontece em humanos, em larga escala. O anúncio da nova vacina foi feito nesta quarta-feira (14) por Vladimir Putin, presidente da Rússia, em um encontro governamental, com a promessa de criar parceria com outros países para a distribuição externa. "Precisamos aumentar a produção da primeira e da segunda vacina. Vamos continuar cooperando com nossos parceiros estrangeiros e promover a vacina no exterior", disse o presidente.
O desenvolvimento das doses vem acontecendo pelo Vector Institute, na Sibéria, e foram selecionados 100 voluntários com idades entre 18 e 60 anos para os testes iniciais, que receberam a dose na capital Novosibirsk. Os resultados dessa fase inicial ainda devem ser divulgados, enquanto a fase 3 em larga escala ainda não começa. A previsão de início é entre novembro e dezembro, e deve envolver 30 mil voluntários, 5 mil deles sendo residentes da região da Sibéria.
Sputnik-V
Em agosto, a Rússia anunciou ter sido o primeiro país a obter a aprovação de uma vacina, no caso a Sputnik-V, mesmo sem que os testes adequados tenham sido feitos e seus resultados apresentados. A vacina foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, em Moscou, com a promessa de Putin de ser uma fórmula segura e efetiva, e que uma de suas filhas já havia recebido uma dose. Até o momento, no entanto, a vacina ainda não começou a ser comercializada.