Enxaqueca pode ter relação direta com ritmo circadiano, segundo estudo
Por Nathan Vieira • Editado por Luciana Zaramela |

Segundo estudo publicado na última quarta-feira (29) na revista Neurology, a enxaqueca pode ter uma relação direta com o ritmo circadiano — ou seja, o relógio interno do corpo, também chamado de relógio biológico, que é controlado por vários mecanismos fisiológicos.
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A descoberta indica que a hora do dia e os padrões de sono podem ter um grande impacto nos sintomas da enxaqueca. Os próprios pesquisadores afirmam que entender a condição, a causa e o que pode ser feito é um passo para se alcançar o tratamento adequado.
O estudo em questão se desdobra a partir da anáise de 1.513 trabalhos anteriores. Os pesquisadores notaram níveis mais baixos de melatonina e níveis mais altos de cortisol. A enxaqueca foi associada a genes circadianos chamados CLOCK e REV-ERBα.
Vale ressaltar que o ritmo circadiano é controlado pelo núcleo supraquiasmático do cérebro (NSQ), localizado no hipotálamo, que recebe diversos sinais do corpo. Fatores influentes no ritmo circadiano incluem genética, idade e comportamento.
O Ministério da Saúde define a enxaqueca como uma doença neurológica, genética e crônica cuja principal característica é a dor de cabeça latejante, em um ou nos dois lados da cabeça. Os sintomas muito comuns envolvem sensibilidade à luz, a cheiros, ao barulho; náuseas, vômitos; sintomas visuais, como pontos luminosos, escuros, linhas em ziguezague; formigamento e dormências no corpo.
"Atualmente já se sabe que a enxaqueca é uma doença de todo o cérebro, onde a tendência genética e o ambiente (gatilhos) interagem o tempo todo", aponta a Pasta.
A enxaqueca pode ter diversas causas, como preocupações excessivas, ansiedade, tensão, estresse, ficar sem comer ou dormir mal. Bom sono é uma condição fundamental para o bem-estar de uma maneira geral, e também para o equilíbrio das dores de cabeça.
Fonte: Neurology via CNN; Ministério da Saúde