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Envenenamento: cientistas encontram mercúrio em ossos de 5 mil anos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 18 de Novembro de 2021 às 10h40

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Statuska/Envato
Statuska/Envato

Pesquisadores encontraram os vestígios mais antigos, até então, de envenenamento por mercúrio. Em um novo estudo publicado no International Journal of Osteoarchaeology, o grupo relatou a presença do elemento em ossos humanos de aproximadamente 5 mil anos, em lugares como Espanha e Portugal.

A exposição ao mercúrio resulta em efeitos tóxicos no corpo, inclusive nos sistemas nervoso, digestivo e imunológico. Atualmente, as pessoas são expostas a um nível baixo do elemento quando comem certos peixes ou crustáceos, mas o grupo de cientistas se concentrou em estudar como essa exposição se dava antigamente, e para isso, analisou os ossos de 370 pessoas, coletados em 23 sítios arqueológicos diferentes.

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Os pesquisadores detectaram níveis de mercúrio de até 400 partes por milhão (ppm) em alguns dos restos mortais, o que é muito maior do que 1 ou 2 ppm, o nível que a OMS considera como normal. Segundo o estudo, os níveis anormalmente altos de mercúrio foram provavelmente causados ​​pela exposição ao cinábrio, um mineral de sulfeto de mercúrio tóxico que, quando moído em um pó fino, tem uma cor vermelha brilhante.

O cinábrio tem sido historicamente usado para produzir pigmentos de tinta. E, convenientemente, uma das maiores minas de cinábrio do mundo fica em Almadén, na Espanha, país em que coletaram parte desses ossos.

O estudo revela que esse pigmento avermelhado era utilizado em uma variedade de rituais e práticas sociais, e que em Portugal, o pó era utilizado para pintar câmaras, decorar estatuetas e até mesmo espalhar sobre os mortos. A análise completa pode ser vista aqui.

Fonte: International Journal of Osteoarchaeology, via Wiley Online Library