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Enem e COVID-19: regras para evitar o contágio durante a prova

Por| 11 de Janeiro de 2021 às 18h00

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Tumisu / Pixabay
Tumisu / Pixabay

No próximo domingo (17), está prevista a aplicação da primeira parte do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020, onde mais de cinco milhões de estudantes brasileiros disputarão uma vaga para ingressar no ensino superior. No entanto, a prova deste ano será diferente e contará com medidas para diminuir os riscos de contágio do novo coronavírus (SARS-CoV-2), durante a realização do exame nacional. As medidas valerão tanto do Enem impresso quanto do Enem digital, sendo que o descumprimento poderá levar à eliminação dos candidatos

Entre as principais medidas, estão: o uso obrigatório de máscaras; uso de álcool em gel para a higienização das mãos; e distanciamento social entre os participantes. A seguir, confira uma série de medidas, em detalhes, que serão adotadas para combater o contágio da COVID-19 durante a aplicação do Enem em salas de todo o Brasil.

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Máscaras obrigatórias no Enem

Como todo ano, os estudantes deverão apresentar um documento oficial original com foto e trazer uma caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. A novidade para 2021 será o uso obrigatório de máscara facial contra a COVID-19, nos dois dias do exame (17 e 24 de janeiro). Inclusive, o descumprimento da última medida poderá impedir que o participante realize o Enem.

A máscara só poderá ser retirada para a identificação dos participantes e na hora de comer ou beber, durante a prova. Após retirarem o equipamento de proteção, os participantes não devem tocar na parte frontal, ou seja, o equipamento precisará ser retirado pelo elástico lateral. Em seguida, precisarão higienizar as mãos com álcool em gel próprio ou fornecido pelo examinador. Essa higienização das mãos valerá também para idas ao banheiro e para a entrada na sala do exame.

Dessa forma, durante todo o período do Enem, os estudantes deverão utilizar a máscara de proteção contra o coronavírus. De acordo com o edital do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), a máscara deverá ser usada cobrindo tanto o nariz quanto a boca do participante. Além disso, os estudantes poderão levar máscaras para trocar durante a aplicação, seguindo a recomendação de especialistas da saúde.

A exceção para o uso das máscaras será apenas para os casos previstos na Lei nº 14.019, de dois de julho de 2020. Segundo a lei, pessoas com autismo, deficiência intelectual, deficiências sensoriais ou com quaisquer outras deficiências que as impeçam de fazer o uso adequado da máscara não precisarão utilizar o equipamento de proteção.

Distanciamento social na hora da prova

Segundo o Inep, as salas do Enem estarão dispostas de forma a assegurar a distância entre os participantes, no entanto, não está especificada a distância mínima entre eles. Além disso, as pessoas consideradas de grupos de risco — como idosos, gestantes e pessoas com doenças respiratórias ou que afetam a imunidade — receberão tratamento diferenciado. Nesses casos, deverão realizar a prova em salas de até 25% da capacidade máxima. Para o grupo considerado de risco, eles já foram previamente identificados durante a inscrição.

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É importante ressaltar que quem for diagnosticado com a COVID-19 ou apresentar sintomas da doença, ou de outra enfermidade infectocontagiosa, deverá comunicar o Inep através da Página do Participante e pelo telefone 0800 616161, até a data de realização do Enem. Esses candidatos poderão participar da reaplicação do Enem, o que acontecerá nos dias 23 e 24 de fevereiro.

Duração da prova do Enem

Uma das principais questões para a realização do Enem é o tempo em que os estudantes estarão nas salas. Tanto para o Enem impresso quanto para digital, os portões dos locais de aplicação das provas serão abertos às 11h30 e fecharão às 13h, no horário de Brasília. Já a aplicação do exame será iniciada às 13h30. Durante esse intervalo, não é recomendada a interação entre os participantes da prova.

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No primeiro dia do Enem, os candidatos terão até as 19h para fazer as provas, totalizando um tempo de até cinco horas e trinta minutos. Já no segundo dia, a duração do Enem é pouco menor, sendo de cinco horas, terminando às 18h30. Durante todo esse período, será fundamental o respeito ao plano do Inep para evitar o contágio do coronavírus dentro das salas. Do lado de fora, valerá manter todas as medidas e ainda um distanciamento de pelo menos 1,5 metro das pessoas ao redor.

Adiamento do Enem?

Segundo especialistas, a realização das provas em um momento de aumento de dos casos e das mortes por COVID-19 em todo o país traz preocupação. “É um risco grande mobilizar milhões de pessoas em um momento desses”, comenta o professor titular de epidemiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto Medronho, para a Agência Brasil.

De acordo com Marinho, as medidas já anunciadas pelo Inep ajudarão a controlar a transmissão da COVID-19, durante a realização do Enem, mas não existe um cenário completamente seguro. "Garantia não há. O ideal é suspender o exame. Mas, posso dizer que vai minimizar de forma razoável o risco”, pontua o professor. "Recomendo que levem duas máscaras e que na metade da prova troque pela máscara nova. Com isso, estarão protegendo a si mesmos e protegendo os colegas”, completa o especialista.

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Atualmente, há nas redes sociais um movimento pedindo o adiamento do Enem. No entanto, o Inep decidiu manter o exame, até o momento, para o próximo domingo (17). Vale lembrar que o próximo dia do Enem impresso será dia 24 de janeiro. Agora, a versão digital será aplicada nos dias 31 de janeiro e 7 de fevereiro.

Fonte: Agência Brasil, G1 e Ministério da Saúde