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Empresa testa remédio inalável para tratar COVID-19

Por| 02 de Junho de 2020 às 16h44

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Reprodução/ Correio Braziliense
Reprodução/ Correio Braziliense

Com a pandemia preocupando cada vez mais a população, empresas e instituições estão fazendo o possível para ajudar a combater a COVID-19. É o caso da Gilead Sciences, empresa de biofarmacologia norte-americana que, nesta segunda-feira (1), anunciou suas tentativas de tratar o vírus. A empresa busca maneiras de usar o remdesivir (antiviral que vem sendo testado nos Estados Unidos de forma experimental) nessa luta contra o coronavírus, e tem em mente uma versão inalável. 

De acordo com o diretor médico Merdad Parsey e o vice-presidente financeiro Andrew Dickinson, a Gilead está explorando uma formulação de injeção subcutânea de remdesivir e versões de pó seco para inalar, e a empresa em questão atualmente testa como a formulação intravenosa de remdesivir pode ser diluída para uso com um nebulizador. Na ocasião desta segunda-feira, a Gilead relatou resultados de testes mostrando que o remdesivir intravenoso beneficiou pacientes hospitalizados com COVID-19 em grau moderado em comparação ao tratamento padrão.

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O remdesivir ainda é um remédio experimental, ou seja, ele não foi aprovado para tratar nenhuma doença até agora e sequer pode ser encontrado no Brasil. Anteriormente, seu objetivo já foi tratar doenças como ebola e hepatite, mas não houve resultado satisfatório. Já quanto à COVID-19, já teve até um estudo ressaltando os benefícios desse medicamento em pacientes hospitalizados e com infecção do trato respiratório inferior. Nesse caso, 1.063 pacientes foram testados por meio de uma pesquisa financiada pelo próprio Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas (NIAID) dos EUA.

As pessoas foram divididas em dois grupos – cerca de metade delas recebeu o remdesivir e a outra metade recebeu um placebo. Os resultados apontam que, entre os que se recuperaram, aqueles que tomaram o remdesivir tiveram um tempo médio de recuperação de 11 dias, comparados com os 15 dias necessários para os que não receberam o tratamento.

"Nosso entendimento do espectro da gravidade da infecção por SARS-CoV-2 e das apresentações do COVID-19 continua a evoluir", diz Francisco Marty, MD, médico de doenças infecciosas no Brigham and Women's Hospital e professor associado de medicina na Harvard Medical School. "Esses resultados do estudo oferecem dados encorajadores adicionais para o remdesivir, mostrando que, se pudermos intervir mais cedo no processo da doença com tratamento de 5 dias, vamos melhorar significativamente os resultados clínicos desses pacientes", acrescenta.

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Merdad Parsey completa: “Agora, temos três ensaios clínicos controlados, demonstrando que o remdesivir melhorou os resultados clínicos por várias medidas diferentes. Os resultados de hoje mostraram que, ao tratar doenças moderadas, um curso de 5 dias com remdesivir levou a uma melhora clínica maior do que o padrão de atendimento, adicionando mais evidências do benefício do remdesivir aos resultados de estudos divulgados anteriormente. O estudo mostrou que o remdesivir permitiu uma recuperação mais rápida e que o tratamento anterior melhorou os resultados clínicos”.

Fonte: Gilead