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Electroma: a rede do corpo humano que tem protagonizado pesquisas sobre câncer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 13 de Março de 2023 às 12h04

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DC_Studio/Envato
DC_Studio/Envato

Cientistas que conduzem pesquisas sobre câncer estão concentrados na recém-descoberta rede biolétrica electroma, que faz os organismos funcionarem. Segundo a divulgadora científica Sally Adee, a bioeletricidade é a forma em que as nossas células se comunicam entre si.

Mas o que uma coisa tem a ver com a outra? Segundo a especialista, entender o funcionamento do electroma é fundamental porque intervir no processo bioelétrico do corpo torna possível consertar quando houver algo de errado, seja por trauma, defeitos de nascimento ou câncer.

Electroma x câncer

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Conforme apontam os especialistas, os elementos do corpo humano (como o sódio, potássio, cálcio, magnésio e zinco) passam por uma reação química que causa a separação dos seus átomos, formando o que se conhece como íons, que são partículas eletricamente carregadas. A bioeletricidade é gerada por íons que fluem através da membrana celular (a cobertura). Para entrar e sair das células, os íons utilizam canais iônicos — proteínas presentes nas membranas celulares.

O pesquisador Mustafa Djamgoz, do Imperial College London, foi um dos primeiros a aplicar a bioeletricidade no tratamento de câncer. Em entrevista à BBC News, o especialista conta que esses canais iônicos desempenham papel fundamental no câncer, já que controlam a proliferação e a migração das células. O pesquisador descobriu que as células cancerígenas ficam agressivas quando são “eletricamente excitáveis”. Em outras palavras, o segredo para interromper esse crescimento hiperativo é bloquear canais de íons de sódio, responsáveis por causar a “excitação eletrônica” que promove o crescimento do câncer.

Tendo em mente a relação entre o câncer e o electroma, a ideia então é utilizar produtos farmacêuticos para bloquear esses canais. Em pesquisas anteriores, foi possível interromper a proliferação e a propagação de células cancerígenas em animais. Assim, agora vem a tarefa mais difícil: testar em seres humanos.

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Fonte: BBC News