Dormir com máscara para os olhos melhora suas funções cognitivas

Para muitos, as máscara para os olhos são encaradas como um item bastante fútil. Outras pessoas enxergam estas máscaras como um incômodo na hora de dormir. No entanto, uma equipe internacional de pesquisadores descobriu que os indivíduos que dormem com proteções do tipo apresentam melhora geral nas funções cognitivas.

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Publicado na revista científica Sleep, o estudo que avaliou o impacto do uso de máscaras para os olhos durante o sono foi liderado por pesquisadores da Universidade de Pádua, na Itália, e da Universidade de Cardiff, no Reino Unido. Os benefícios estão associados com o bloqueio dos estímulos externos, como a luz ambiente que pode entrar pela janela e atrapalhar o processo de descanso.

Quais os benefícios para quem dorme com uma máscara para os olhos?

Após realizar dois experimentos diferentes, os autores do estudo afirmam: "Nossos resultados demonstram que usar uma máscara para os olhos durante o sono noturno pode facilitar tanto o novo aprendizado quanto o estado de alerta no dia seguinte".

Além disso, "pode levar a um desempenho superior da capacidade de memória", acrescentam os cientistas. Neste ponto, a equipe conclui que "a máscara para os olhos é uma maneira simples, econômica e não invasiva de aproveitar melhor uma noite de sono".

Se a máscara melhora a capacidade intelectual do indivíduo no dia seguinte, ela não impacta diretamente a qualidade do sono. "A qualidade do sono autorreferida, conforme avaliada com o diário do sono, não mostrou benefícios com o uso da máscara para os olhos em nenhum dos experimentos", avisam os pesquisadores.

Estudo descobre que máscara para olhos melhora atividade cerebral

Em ambos os experimentos, os cientistas recrutaram pessoas saudáveis com idades entre 18 e 35 anos. Nenhum dos indivíduos apresentava histórico de abuso de drogas ou álcool e nem distúrbios psicológicos, neurológicos ou do sono. Durante o período de testes, eles permaneceram sem consumir nenhum tipo de álcool ou café — bebidas conhecidas por afetar as funções cognitivas.

Entenda como foram feitos os experimentos sobre o sono

No primeiro experimento, 89 voluntários foram convidados a dormir, por uma semana, em suas casas com uma máscara para os olhos e, em todas as manhãs, precisam preencher um diário sobre a qualidade do sono. No sexto e no sétimo dia, passaram por uma bateria de testes que media suas capacidades cognitivas. Na semana seguinte, passaram pelo mesmo processo, mas sem o uso das máscaras. Ocorreram também testes cognitivos.

No segundo experimento, 33 participantes dormiram com máscaras para os olhos, um dispositivo capaz de medir a intensidade da luz e outro dispositivo para a medição da atividade cerebral. A única diferença é que, na semana seguinte, os voluntários não dormiram sem máscaras, mas com um máscara com furos nos olhos. A ideia era manter o possível incômodo que alguns usuários podem sentir com o item no rosto, mas sem a capacidade de bloquear a luz.

Segundo os autores, nos dois experimentos, as pessoas que dormiam com a máscara completa para os olhos se saiam melhores nos testes cognitivos, além de obterem tempos menores em exercícios de reação. São estes resultados que reforçam o uso estratégico das máscaras.

Fonte: Sleep