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Desinformação leva taxa de depressão pós-parto a dobrar na pandemia, diz USP

Por| Editado por Luciana Zaramela | 21 de Dezembro de 2021 às 08h30

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Aditya Romansa/Unsplash
Aditya Romansa/Unsplash

A taxa de depressão pós-parto simplesmente dobrou durante a pandemia: 38% das mulheres relataram o transtorno. A estatística vem de um novo estudo promovido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). A análise envolveu 182 pacientes do Hospital das Clínicas e do Hospital Universitário.

De acordo com o artigo, as pacientes que procuraram mais notícias (com uma média de 4,5 horas de busca de informação) apresentaram casos mais graves de depressão pós-parto. As mulheres que consumiram informações por meios como o WhatsApp apresentaram aumentos significativos, em comparação com o grupo que consumiu informações por veículos como jornais e televisão.

Sendo assim, os pesquisadores atribuem à desinformação a causa por trás desse aumento na taxa da depressão pós-parto. Outros fatores apontados pelos envovlidos foram: insegurança econômica e insegurança causada pela pandemia.

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Os pesquisadores da USP ressaltam que, em muitos dos casos, a própria paciente não percebe que está depressiva e, se perceber, não comunica a seu médico. Com isso, a falta de um tratamento adequado pode fazer a doença durar ainda mais tempo e prejudicar o desenvolvimento da criança.

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas surgem até quatro semanas após o nascimento da criança, e o tratamento da depressão pós-parto é feito individualmente, conforme cada caso, com medicamentos antidepressivos combinados com psicoterapia. A Pasta ressalta que a melhor forma de prevenir a depressão pós-parto é cuidado de si mesma e da saúde mental.

Fonte: Jornal da USP (1, 2), Ministério da Saúde