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Dentes são ossos? Entenda do que são feitos e como nascem

Por| Editado por Luciana Zaramela | 17 de Fevereiro de 2022 às 17h02

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Umanoide/Unsplash
Umanoide/Unsplash

É muito comum que as pessoas achem que os dentes são ossos, por conta de sua estrutura rígida e de seu aspecto esbranquiçado. No entanto, apesar de algumas características semelhantes, os dentes não são considerados ossos. Existem diferenças importantes que separam os dois, e que devem ser levadas em conta.

Primeiro de tudo, é preciso entender que os dentes são formados por um tecido muito resistente chamado dentina, e esse tecido é envolvido por uma camada dura, ainda mais mineralizada e transparente, chamada esmalte. Alguns minerais presentes na formação do dente também fazem parte da composição dos ossos, como o cálcio e o fósforo.

O dente começa a ser formado no embrião, em um processo chamado odontogênese, no qual ocorrem as primeiras deposições de esmalte dentário e dentina por células especializadas. Nessa etapa, ocorre a migração do dente dentro do osso e a irrupção (quando ele rompe a gengiva).

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Por sua vez, os ossos são formados por tecido ósseo e uma proteína chamada de colágeno. O exterior é coberto de periósteo, uma membrana densa e lisa, que contém células chamadas osteoblastos. São essas células as responsáveis pela principal diferença entre os ossos e os dentes: a capacidade de regeneração.

Acontece que, como os ossos são tecidos vivos, durante todo o desenvolvimento são remodelados. Quando lesionados, podem se regenerar completamente. Apesar de contarem com nervos e vasos em seu interior, os dentes já não contam com essa habilidade de regeneração: quebrou, já era. É preciso reabilitar com restauração, prótese ou implante.

Outra importante distinção é que, nos ossos, acontece a produção de células sanguíneas. O processo se dá numa região interna, chamada de medula óssea. Nos dentes, isso não existe: apesar do centro dos dentes parecer tutano, na verdade, é a polpa, a parte “viva”, que como mencionado, contém os nervos, artérias e veias. É por conta dessa área que sentimos dor quando há algo errado, como um trauma ou cárie extensa, por exemplo.

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Fonte: IFL Science, News Medical, Healthline