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Cruz Vermelha culpa desastres climáticos por escassez de sangue nos EUA

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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Abraham_stokero/Envato
Abraham_stokero/Envato

As reservas de sangue dos Estados Unidos chegaram a níveis criticamente baixos e, segundo informou a Cruz Vermelha na última segunda-feira (11), parte da culpa está nos meses de “desastres climáticos sucessivos e cada vez piores”. Os níveis do país caíram quase 25% desde o início de agosto.

Um exemplo foi a chegada do furacão Idalia, que chegou à Flórida continental no final de agosto, fazendo com que 700 bolsas de sangue e plaquetas acabassem não sendo coletadas. Logo, o uso de bolsas de sangue passou a superar as doações. Segundo a Cruz Vermelha, 2.500 hospitais e centros de transfusão dependem da instituição para a coleta de sangue, que, por sua vez, precisa de 12.500 doações por dia.

Viagens e desastres naturais

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Outra causa para a queda nas doações em agosto foi uma temporada de férias com recorde de viagens internacionais por parte dos estadunidenses, o que, junto às atividades de volta às aulas, acabou gerando um déficit de aproximadamente 30.000 doações.

Segundo um comunicado da Cruz Vermelha Americana, para pacientes que precisam de cuidados médicos urgentes a vida toda, as crises não param com os desastres naturais. Muitas vezes, a sobrecarga causada por desastres pode levar à crise médica para alguns indivíduos lutando contra a anemia falciforme, por exemplo.

Pampee Young, diretor médico executivo da instituição nos EUA, afirma que a necessidade é constante — a cada dois segundos, um habitante do país precisa de sangue. Com o pico da temporada de furacões atlânticos, a instituição voltou sua atenção às costas e ao monitoramento do Furacão Lee, embora ainda não se saiba se a tempestade representa realmente uma ameaça ao país. Caso represente, poderá ser mais uma disrupção na coleta de bolsas de sangue e plaquetas.

A situação não é novidade nos Estados Unidos. Há dois anos, no verão de 2021, a Cruz Vermelha do país anunciou escassez de sangue a ponto de alguns hospitais diminuírem o ritmo de cirurgias eletivas até que o suprimento da substância houvesse retornado. Em 2020, outra escassez ocorreu quando centros de doação de sangue foram forçados a fechar por conta da pandemia de coronavírus.

Fonte: American Red Cross