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CRISPR esclarece como o HIV se integra ao DNA e pode ajudar na busca pela cura

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Abril de 2022 às 13h44

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Shiwork/Envato Elements
Shiwork/Envato Elements

Cientistas da Northwestern University (EUA) utilizaram a técnica de edição genética CRISPR para identificar 86 genes capazes de desempenhar um papel na forma como o HIV se integra ao DNA, conforme aponta um estudo publicado na revista científica Nature Communications na última sexta-feira (1).

Segundo o artigo, os tratamentos medicamentosos têm sido incrivelmente eficazes em suprimir a replicação e disseminação viral, mas não são curativos, então os indivíduos que vivem com HIV precisam seguir um regime de tratamento rigoroso que requer acesso contínuo a bons cuidados de saúde acessíveis. Assim, entender como o vírus se replica pode ajudar na busca pela cura.

Até agora, os estudos utilizavam modelos imperfeitos de células sanguíneas humanas, e apesar de diminuir a expressão de certos genes, mas não os desativavam totalmente. Com o sistema CRISPR (do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, ou Conjunto de Repetições Palindrômicas Curtas Regularmente Interespaçadas), não há um meio-termo: o gene está ligado ou desligado, segundo os pesquisadores.

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Para conduzir o estudo, a equipe isolou as células T (principal tipo de célula alvo do HIV) do sangue e passou a eliminar determinados genes. As células que perderam um gene importante para a replicação viral apresentaram diminuição da infecção, enquanto as células que perderam um fator antiviral apresentaram aumento dela.

Segundo os pesquisadores, 46 desses genes nunca haviam sido analisados ​​no contexto da infecção pelo HIV, o que sugere a representação de novos caminhos terapêuticos em potencial. O estudo indica um passo rumo à cura da doença, o que ganha forças com o desenvolvimento de imunizantes ainda em testes, fornecendo uma luz no fim do túnel no que diz respeito ao combate contra esse vírus.

Fonte: Nature Communications