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Cozinhar com óleo velho pode prejudicar seu cérebro

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Abril de 2024 às 12h48

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Wine Dharma/Unsplash
Wine Dharma/Unsplash

Por quanto tempo aquele óleo de cozinha fica reinando na sua frigideira sem trocar? Um novo estudo publicado no periódico Journal of Biological Chemistry diz que o consumo de alimentos fritos em óleo de cozinha velho pode aumentar as chances de danos no cérebro. 

Os experimentos do projeto foram realizados em roedores, de modo que as descobertas remetem ao fato de que esses animais, quando  alimentados com dietas com óleos de cozinha reaquecidos, exibiram níveis significativamente mais elevados de neurodegeneração.

Com a análise, o grupo descobriu que o óleo de cozinha reaquecido pode aumentar a neurodegeneração ao perturbar o chamado eixo fígado-intestino-cérebro, responsável pelo equilíbrio fisiológico.

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Óleo de cozinha aumenta inflamação

A equipe do estudo organizou os roedores em cinco grupos:

  • Dieta normal (grupo controle);
  • Dieta suplementada com óleo de gergelim não aquecido;
  • Dieta suplementada com óleo de girassol não aquecido;
  • Dieta suplementada com óleo de gergelim reaquecido;
  • Dieta suplementada com óleo de girassol reaquecido.

Os roedores precisaram fazer essa alimentação diariamente por um período de 30 dias. Com isso, os pesquisadores viram que ratos alimentados com dietas com óleos reaquecidos tiveram maior estresse oxidativo e inflamação nos tecidos do fígado.

Os cientistas também revelam, no manuscrito, a presença de toxinas produzidas por algumas cepas bacterianas.

“O metabolismo lipídico do fígado foi alterado e o transporte de ácido graxo ômega-3 do cérebro diminuiu, o que resultou em neurodegeneração, que foi observada nos ratos que consumiram o óleo reaquecido e em seus descendentes”, anunciam os pesquisadores.

E por falar em danos cerebrais, os autores do relatório destacam o perigo de consequências em áreas cruciais para a regeneração.

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Alteração química

Quando o óleo de cozinha é aquecido, ele passa por mudanças em sua estrutura química natural, reduzindo os seus antioxidantes benéficos e formando compostos nocivos. 

Com base nisso, os pesquisadores ressaltam que o óleo de cozinha velho (ou seja, reaquecido) agrava ainda mais este processo à medida que se torna cada vez mais instável, perdendo benefícios para a saúde e gerando mais toxinas a cada utilização. Já se tinha conhecimento de que o óleo de cozinha não é exatamente saudável para consumo, e o estudo só reforça essa percepção.

O relatório completo foi apresentado no Discover BMB 2024, o encontro anual da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular (American Society for Biochemistry and Molecular Biology).

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Fonte: Journal of Biological Chemistry