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COVID: Rússia inicia campanha de vacinação (com direito a agendamento online)

Por| 04 de Dezembro de 2020 às 19h20

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Cottonbro/Pexels
Cottonbro/Pexels

Nesta sexta-feira (4), a prefeitura de Moscou, na Rússia, lançou um serviço para o agendamento virtual de vacinação contra a COVID-19. Inclusive, no país, a campanha de imunização contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) já começou com a vacina Sputnik V, ainda em fase final de testes, e as autoridades locais têm altas expectativas em relação à vacinação.

A Sputnik V é um dos imunizantes desenvolvidos por pesquisadores russos e recebeu aprovação regulatória ainda em agosto deste ano, antes de os ensaios clínicos de fase 3 serem concluídos. De acordo com o governo russo, ensaios preliminares do imunizante demostraram uma taxa de eficácia de 95% na proteção contra a COVID-19. Até 2021, é meta é produzir mais de um bilhão de doses que devem ser comercializadas com outros países, também.

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Agendamento via internet

Com a opção de agendamento online, agora, os moradores de Moscou podem se inscrever para a vacinação gratuita em 70 pontos da cidade e os atendimentos podem ser marcados a partir de sábado (5), segundo informa o site da capital russa. De acordo com o prefeito Sergei Sobyanin, durante as primeiras cinco horas de operação do sistema virtual, cinco mil pessoas se inscreveram para a vacinação. 

Neste primeiro momento, o foco da campanha serão: os assistentes sociais; os profissionais da saúde; e os professores com idades entre os 18 e os 60 anos, que lecionam tanto em instituições públicas quanto privadas no país. "Para outros residentes de Moscou, a vacinação gratuita estará disponível no futuro", explica a prefeitura.

Polêmica dos testes com a vacina Sputnik V

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Os testes com o imunizante Sputnik V contra a COVID-19 começaram no início de setembro, na Rússia, e estão em sua fase final em 29 clínicas em Moscou. Antes de serem completados e os resultados analisados, muitos russos já estariam recebendo a vacina, a exemplo dos soldados do exército.

Inclusive, funcionários públicos denunciam que estão sendo pressionados a participar dos ensaios clínicos da vacina Sputnik V, segundo investigação da agência de notícias internacional Reuters. Como método para contornar essa "insistência", algumas pessoas estariam se inscrevendo para receberem a vacina contra a gripe, o que as tornaria, em tese, inelegíveis para os testes do novo imunizante contra a COVID-19.

Em resposta, o departamento de Saúde de Moscou informou que a vacina Sputnik V já completou, com sucesso, dois estágios de testes clínicos e demonstrou sua segurança. Ainda, segundo o departamento, a decisão de participar (ou não) do teste é feita pelos residentes voluntariamente e somente após exame médico.

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Vacinas russas contra a COVID-19

A vacina Sptunik V foi desenvolvida pelo Instituto de Pesquisa Gamaleya, que é parte do Ministério da Saúde da Rússia. Este imunizante atua de forma dupla na proteção contra o coronavírus, a partir da plataforma de vetor-viral não replicante, em duas doses. Para garantir uma imunidade mais duradoura, os pesquisadores apostam no uso combinado de dois tipos diferentes de vetores de adenovírus (rAd26 e rAd5), ambos conhecidos por causar um resfriado comum em humanos.

Na Sputnik V, os dois vírus são editados geneticamente e têm incluído no material genético a proteína espicular da membrana do novo coronavírus. Dessa forma, após receber a imunização, os cientistas apostam que a fórmula ative o sistema imunológico dos pacientes contra o vírus da COVID-19, impedindo infecções no futuro.

Além da Sptunik V, na segunda-feira (7), começarão os testes, de fase 3, para uma segunda vacina contra a COVID-19, a EpiVacCorona, também desenvolvida por pesquisadores russos.

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Fonte: Reuters e O Globo