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COVID de longa duração traz risco de morte meses depois da infecção, diz estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 26 de Abril de 2021 às 11h18

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IciakPhotos/Envato Elements
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A COVID-19 de longa duração, infelizmente, é real. Muitas pessoas infectadas pela doença continuam apresentando sintomas meses depois do primeiro diagnóstico. Ainda com poucas respostas sobre os problemas, agora os cientistas conseguiram confirmar a suspeita de que esses pacientes contam com um risco maior de morrer em até seis meses.

Segundo os pesquisadores, sobreviventes da COVID-19 contam com um risco 59% maior de óbito em um prazo de seis meses após contraírem o coronavírus. Os dados mostram que as taxas de mortalidade chegam a oito mortes extras a cada mil pacientes, e os cientistas dizem que, finalmente, é possível começar a enxergar "abaixo do iceberg" e analisar essas respostas tão alarmantes.

Os estudos monitoraram os sintomas de pacientes meses após o primeiro diagnóstico da COVID-19, como dificuldades respiratórias e danos ao coração, rins e fígado, além de distúrbios como perda de memória, depressão e ansiedade. De acordo com as informações obtidas, cerca de 10% de todas as pessoas infectadas pelo SARS-CoV-2 no mundo (mais de 143 milhões) sofrem as consequências da COVID de longa duração.

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A equipe de pesquisadores analisou diagnósticos, medicamentos usados e resultados de testes laboratoriais de 73.435 pessoas que não foram hospitalizadas, e de 13.654 pacientes que precisaram de hospitalização em até seis meses após a recuperação de casos agudos de COVID-19. Os resultados mostraram que sobreviventes do coronavírus tinham mais chances de precisar de assistência médica adicional do que aqueles que não tiveram a COVID e tampouco foram hospitalizados.

Inclusive, o estudo encontrou um ponto importante: as pessoas que experienciaram sintomas de longa duração faziam o uso de uma variedade de medicamentos, como antidepressivos, remédios para dor ou para tratar a ansiedade. Pessoas que sofrem da COVID-19 de longa duração contam com sintomas como distúrbios respiratórios e do sistema nervoso, problemas mentais, distúrbios metabólicos e cardiovasculares, fadiga, dor muscular, mal-estar e anemia.

Além disso, os pacientes que tiveram coronavírus e sobreviveram à hospitalização tinham um risco 51% maior de morrer em comparação aos 13.997 pacientes internados pela gripe comum. Com os resultados do estudo, os cientistas esperam que os dados sejam usados para os sistemas de saúde desenvolvam melhores estratégias para prevenir que recuperados da COVID-19 corram risco de morte.

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Fonte: Bloomberg