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COVID | Após relaxamento na quarentena, Manaus volta a fechar bares e praias

Por| 24 de Setembro de 2020 às 22h00

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Jeyaratnam Caniceus/Pixabay
Jeyaratnam Caniceus/Pixabay

Depois de meses com queda no número s de casos e óbitos da COVID-19, o governo do estado do Amazonas voltou a decretar o fechamento de bares e balneários na capital, a cidade de Manaus, que tinham sido reabertos em julho. Anunciada nesta quinta-feira (24), a nova medida de controle do contágio do novo coronavírus (SARS-CoV-2) valerá por 30 dias a partir de sexta-feira (25).

Diante dos resultados positivos no controle local da COVID-19, um conjunto de pesquisadores de diferentes instituições, incluindo o Instituto de Medicina Tropical, chegou a publicar um preprint (estudo ainda não revisado por outros cientistas) sobre a possibilidade de a capital do estado ter alcançado a imunidade de rebanho. Entretanto, a recente alta de casos de coronavírus deve apontar para um outro caminho.

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"Estamos tomando essa decisão por conta da falta de respeito de alguns de seguir os protocolos. Ninguém usava mais máscaras e juntava em uma aglomeração. E, aí, acabava sendo um foco de transmissão da COVID-19", afirmou o governador do Amazonas, Wilson Lima, durante o anúncio.

O que fecha em Manaus?

Com as novas restrições para diminuir o contágio da COVID-19, que ainda serão publicadas, volta a ser proibido o funcionamento de: bares; balneários; casas de show; e flutuantes (um tipo de estabelecimento comercial que funciona às margens do rio). Já os restaurantes e lojas de conveniência devem seguir o mesmo protocolo de operação até às 22h. Além disso, a permanência nas praias volta a ser restrita.

Entre as novas medidas de isolamento, a exceção são os eventos sociais, como aniversários e casamentos, e as convenções comerciais e feiras de exposição, desde que se respeite os limites de distanciamento e medidas de prevenção. Além disso, as aulas presenciais tanto nas escolas públicas quanto nas particulares estão mantidas.

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"Estamos tomando hoje medidas restritivas e fechamento de estabelecimentos para priorizar o que é importante. Não vou deixar balada aberta e escola fechada", avisou o governador Lima. “O vírus ainda se mantém, temos casos de transmissão ativa, e o que a gente tem trazido é um alerta principalmente sobre o comportamento das pessoas. O aumento da doença vai ser modelado pelo comportamento das pessoas”, comentou o diretor técnico da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS-AM), Cristiano Fernandes.

Para quem não cumprir as determinações, o decreto do governo estabelece uma série de medidas para coibir o desrespeito a suas normas. Entre as medidas, pode haver advertência, multa diária de até R$ 50 mil (por cada reincidência) para pessoas jurídicas, embargo ou até interdição de estabelecimentos.

Não é uma segunda onda da COVID-19

Em Manaus, foi registrada alta de 55,9% no número de casos doença entre as semanas epidemiológicas 37 (06 a 12 de setembro) e 38 (13 a 19 de setembro) — saindo de 1.384 casos, na semana 37, para 2.157 casos, na semana 38. Além disso, a capital confirmou, em média, 9 novas mortes por dia na última semana, o que representa uma alta de 39% em duas semanas.

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No entanto, o governo afirmou que os dados apontam uma alta na média móvel de internações pela doença após meses de queda, mas descartou que esteja vivendo uma segunda onda de infecções do coronavírus.

No estado, a primeira onda ocorreu durante os meses de abril e maio, quando foi registrado quase 100% de ocupação. Nesse período, a capital enfrentou colapso também no sistema funerário e o número de mortes ficou 108% acima da média histórica. Hoje, a situação, mesmo que de alerta, é bastante diferente.

Fonte: G1 e SES-AM