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COVID-19 | Vacinas da Johnson e de Oxford têm testes retomados nos EUA

Por| 26 de Outubro de 2020 às 18h30

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Anna Shvets/Pexels
Anna Shvets/Pexels

Na corrida por uma vacina segura e eficaz contra a COVID-19, dois imunizantes retomam a terceira e última fase de testes antes da aprovação. Na sexta-feira (23), tanto a vacina contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2) desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca quanto a do laboratório da Johnson & Johnson (J&J) anunciaram que retomariam a pesquisa pelo menos nos Estados Unidos. 

Ambas as pesquisas de fase 3 foram paralisados após voluntários apresentarem eventos adversos graves. Para investigar se o imunizante tinha, de fato, relação com o quadro apresentado pelos voluntários, um comitê externo analisou as informações do estudo e averiguou se os sintomas tinham alguma relação com a vacina. Vale lembrar que a prática é comum durante o desenvolvimento de imunizantes e contribui com a segurança da fórmula final. 

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Nos dois casos, essa pesquisa independente concluiu que a doença dos participantes não tinha relação com as vacinas (ou o placebo que, eventualmente, possam ter recebido), já que os casos não foram detalhados. Uma curiosidade é que tanto a vacina de Oxford quanto a da Johnson utilizam adenovírus para promover a imunização contra a COVID-19.

Vacina da Johnson retoma pesquisa nos EUA

A farmacêutica da  Johnson & Johnson, a Janssen, havia anunciado no dia 13 de outubro a interrupção temporária dos ensaios clínicos de sua vacina contra a COVID-19, conduzidos em alguns países como os EUA e o Brasil. Isso porque foi detectada uma “doença inexplicável” em um dos voluntários da pesquisa, mas o caso não chegou a ser detalhado publicamente.

Segundo a análise externa realizada pela farmacêutica, não havia uma causa clara para a ocorrência da doença, a partir de uma possível reação ao medicamento recebido pelo voluntário. O estudo clínico foi retomado, após liberação da FDA (Food and Drug Administration), agência federal de saúde dos EUA que regula medicamentos, na última sexta-feira. Por enquanto, a pesquisa ainda não foi retomada no Brasil.

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Caso da vacina de Oxford

Já a fase 3 da vacina de Oxford, em parceria com a AstraZeneca, havia sido interrompida temporariamente em todo o mundo no início de setembro. Na ocasião, foi identificado que uma voluntária, no Reino Unido, tinha desenvolvido uma doença neurológica grave (mielite transversa). A partir de então, um comitê externo investigava o caso. Vale lembrar que esse imunizante também é testado no Brasil.

No caso brasileiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu a análise sobre o ocorrido e autorizou a retomada dos ensaios na mesma semana. No entanto, a situação foi diferente nos EUA. Só na sexta-feira, após seis semanas do ocorrido, os estudos clínicos foram retomados com os norte-americanos.

Na última semana, outro fato envolveu a pesquisa do imunizante contra o novo coronavírus. Isso porque um voluntário do ensaio da AstraZeneca faleceu no Brasil, após complicações da COVID-19, segundo a Anvisa. Após análise dos dados, a agência constatou a não havia relação da vacina com o óbito e o estudo segue em andamento.

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Fonte: The New York TimesFolha de S. Paulo