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COVID-19 | Tratamento com anticorpos deve ser usado em casos leves e moderados

Por| 30 de Outubro de 2020 às 12h30

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fernando zhiminaicela/Pixabay
fernando zhiminaicela/Pixabay

Na lutra contra o novo coronavírus (SARS-CoV-2), existem mais de 70 tratamentos com anticorpos monoclonais em diferentes estágios de desenvolvimento pelo mundo. De acordo com as evidências já obtidas pelos estudos clínicos em humanos, é provável que essa técnica funcione, de forma mais eficaz, em casos leves e moderados da COVID-19. É o que aponta pesquisa de duas farmacêuticas, a Eli Lilly e a Regeneron.

Diante dos resultados de pesquisas em andamento, a companhia Eli Lilly chegou até a interromper um ensaio de sua terapia com anticorpos em pacientes hospitalizados — ou seja, casos graves —, porque não foi eficaz. No entanto, os resultados publicados na quarta-feira (28) com pacientes leves e moderados da COVID-19 é promissor. 

No mesmo dia, a biofarmacêutica Regeneron também divulgou que o tratamento com coquetel de anticorpos monoclonais ajudou pessoas com casos leves e moderados da infecção pelo coronavírus. Atualmente, as duas farmacêuticas já solicitaram com a Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, a autorização de uso emergencial dessas terapias no tratamento da COVID-19. 

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Como funcionam tratamentos com anticorpos monoclonais?

Essa proposta de tratamento da COVID-19 é com um tipo relativamente novo de medicamento, mais usado para tratar alguns tipos de câncer e doenças autoimunes. Para entender os anticorpos monoclonais, é importante lembrar do sistema imunológico humano, já que para combater um agente infeccioso, como o coronavírus, o corpo contaminado precisa produzir anticorpos.

Sabendo dessa relação tão dependente dos anticorpos para o combate de infecções, tanto a Regeneron quanto a Lilly desenvolveram uma espécie de coquetel de anticorpos, baseado nos mais eficazes que descobriram no corpo de pacientes que se recuperaram da COVID-19, mais especificamente entre os linfócitos dos sobreviventes.

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Em outras palavras, a pesquisa procurou pelas proteínas com a capacidade de se ligar ao coronavírus com eficiência suficiente para neutralizá-lo. Agora, essas moléculas mais promissoras poderão ser produzidas, em larga escala, para o tratamento da doença, dentro de laboratórios. Entretanto, essa terapia não pode ser ingerido na forma de um comprimido, por exemplo. Na maioria dos casos, ela deve ser administrado por transfusão com gotejamento. 

Pesquisas com anticorpos contra a COVID-19

Publicados no New England Journal of Medicine, os resultados da Eli Lilly revelam que o seu tratamento com anticorpos monoclonais apontava para a redução do risco de hospitalização e alívio de alguns sintomas, em um pequeno número de pacientes, com casos leves ou moderados da COVID-19. 

De acordo com o estudo de Fase 2, participaram 452 pacientes, alguns dos quais receberam o tratamento e outros receberam um placebo. Apenas 1,6% dos pacientes que utilizaram os anticorpos, como terapia, enfrentaram a evolução dos sintomas da infecção ao ponto de precisarem de internação ou auxílio em algum pronto-socorro. Para os pacientes que receberam o placebo, essa taxa foi de 6,3%.

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Agora, mais pesquisas devem ser realizadas em um número maior de pacientes para determinar se a terapia realmente funciona contra a COVID-19 e que não apresenta possíveis efeitos adversos. No entanto, cientistas não envolvidos no estudo confirmaram que esses primeiros resultados foram "encorajadores". Além desse estudo, a farmacêutica também testa um tratamento que envolve a combinação de dois anticorpos monoclonais contra o coronavírus.

Quanto a terapia de anticorpos da Regeneron, a empresa informou que os resultados dos testes em humanos mostram que a terapia reduz a necessidade de atendimento médico entre os pacientes da COVID-19 com quadros leves a moderados. Entretanto, os detalhes ainda não foram publicados e nem foram revisados ​​por pares.

"A análise de hoje, envolvendo mais de 500 pacientes adicionais, confirma prospectivamente que REGN-COV2 [tratamento com os anticorpos] pode, realmente, reduzir de forma significativa a carga viral e mostra ainda que essas reduções virais estão associadas a uma diminuição significativa na necessidade de mais atenção médica", afirma George D. Yancopoulos, presidente e diretor científico da Regeneron, em comunicado.

Para acessar o estudo, desenvolvido pela Eli Lilly, com os anticorpos monoclonais, clique aqui.

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Fonte: CNN