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COVID-19 | Testes com saliva são tão eficazes quanto com swab nasal, diz estudo

Por| 20 de Janeiro de 2021 às 14h00

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Fernando Zhiminaicela/Pixabay
Fernando Zhiminaicela/Pixabay

A ciência descobriu vários métodos para identificar se uma pessoa está infectada com a COVID-19 ou não, mas o teste mais utilizado continua sendo o swab (aquele com o longo cotonete que coleta amostras do nariz ou da garganta). No entanto, recentemente, dois novos estudos da Universidade McGill, do Canadá, confirmaram a eficiência de testes que detectam a doença através da saliva.

Os pesquisadores utilizaram métodos estatísticos para avaliação de testes diagnósticos a fim de realizar uma revisão sistemática de 16 análises comparando os dois tipos de testes. “Estudos anteriores sobre o desempenho de testes de saliva mostraram resultados mistos, mas a maioria deles comparou os testes de saliva com o teste de esfregaço nasal padrão, como se fosse um teste perfeito. Curiosamente, não há testes perfeitos para COVID-19”, disse Guillaume Butler-Laporte, microbiologista e pesquisador de doenças infecciosas, com formação em matemática e estatística na Universidade McGill.

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Das 16 análises, 15 incluíram pacientes ambulatoriais, e nove envolveram exclusivamente pacientes com sintomas leves ou sem sintomas. Os pesquisadores descobriram que a precisão do diagnóstico dos testes de saliva era semelhante ao do swab nasofaríngeo, especialmente em ambiente ambulatorial. “As ferramentas estatísticas e os métodos matemáticos que usamos fornecem uma estimativa mais precisa de diagnóstico da saliva do que os métodos padrão. Devido à falta de comparativos perfeitos, é provável que em estudos anteriores, os testes de saliva parecessem piores do que realmente eram”, acrescentou Butler-Laporte.

Ao contrário dos testes de saliva, os que envolvem amostra nasal exigem profissionais de saúde treinados, o que limita a  implantação programas de teste na comunidade. Os autores do estudo argumentam que é "incrivelmente importante validar esta técnica de amostragem [de saliva] para possível implantação em países ou comunidades com taxas de casos continuamente altas e principalmente aqueles com sistemas de saúde em desenvolvimento e menos acesso a cuidados especializados".

Fonte: Annals of Internal Medicine via Futurity