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COVID-19 | Testes com medicamento antirreumático traz resultados positivos

Por| 01 de Junho de 2020 às 15h00

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Reprodução: Live Science
Reprodução: Live Science

Um novo medicamento vem sendo testado para o tratamento do novo coronavírus, apresentando resultados satisfatórios nos primeiros ensaios. De acordo com um estudo publicado na revista The Lancet Rheumatology, pelo reumatologista Randy Cron, da Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, o remédio antirreumático anakinra consegue combater uma reação inflamatória presente em formas mais graves da COVID-19, como a pneumonia.

Quando um paciente com a doença é diagnosticado com pneumonia, acontece uma "tempestade de citocina", reação que provoca a síndrome do desconforto respiratório agudo (SDRA). Com isso, os pulmões não conseguem distribuir o oxigênio necessário aos órgãos vitais, sendo de extremo risco de morte para o paciente, que passa a precisar de ventilação artificial para sobreviver. A ação do medicamento no organismo, segundo a pesquisa, é bloquear a citocina chamada interleucina-1 (IL-1), que está envolvida na tempestade inflamatória no pulmão.

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O anakinra foi testado em 52 pacientes graves de COVID-19, que receberam uma injeção subcutânea durante 10 dias. O resultado, de acordo com o pesquisador, foi uma redução significativa do risco de morte e da necessidade de internação na UTI para ventilação mecânica. Após sete dias de tratamento, um quarto dos pacientes que foram internados morreu ou foi transferido para a reanimação, número menor em comparação aos 73% de um grupo de 44 pessoas que não receberam a medicação.

O restante dos pacientes que foram testados apresentou uma queda rápida na necessidade de oxigênio em apenas sete dias de tratamento. Randy Cron revela que, atualmente, existe uma dúzia de testes clínicos que vêm explorando o bloqueio da citocina IL-1, "mas este estudo fornece as evidências mais conclusivas até o momento de que o remédio pode beneficiar pacientes que sofrem da síndrome da tempestade de citocinas associada à COVID-19", completa o cientista.

Fonte: RFI via The Lancet Rheumatology