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COVID-19 | OMS alerta sobre aumento de casos e poucos testes no Brasil

Por| 23 de Junho de 2020 às 16h15

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Ana Schvets/Pexels
Ana Schvets/Pexels

Na última segunda-feira (22), o diretor-executivo da OMS (Organização Mundial da Saúde), Michael Ryan, afirmou que o número real de pessoas contaminadas no Brasil pode estar subestimado, uma vez que a porcentagem de testes para o novo coronavírus que dão resultado positivo no Brasil é de 31%. O argumento é que o Brasil ainda está testando pouca gente, e que nos países que aplicam grande número de testes, a porcentagem de positivos fica perto de 5%.

Segundo o diretor-executivo, é necessário analisar com cautela o crescimento dos últimos dias, pois como a quantidade de testes no Brasil ainda é pequena, o crescimento recente não poderia ser explicado por aumento nos diagnósticos. Mas por enquanto, ainda não há dados padronizados sobre a quantidade de testes realizados no Brasil.

Enquanto isso, Maria van Kerkhove, líder técnica da OMS, ressaltou que é muito importante saber onde o contágio acontece, para usar os recursos disponíveis da forma mais eficiente possível. Já Michael Ryan acrescentou que, apesar de o salto recente de casos no Brasil merecer cuidado, é preciso levar em conta que a epidemia está crescendo em toda a região.

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Os dados apontados por ele são os seguintes: na última semana o Brasil registrou alta de 25%, enquanto o Chile teve 41%, Argentina, 38%, Colômbia, 35%, Panamá, 26%, Bolívia, 33%, Guatemala, 39%. "Não quero dar a impressão de que estou isolando o Brasil do que acontece em toda a América Latina".

Em maio deste ano, Michael Ryan, apontou a América do Sul como o novo epicentro da pandemia de COVID-19 e ainda acrescentou que o mais afetado é o Brasil."De certa forma, a América do Sul se tornou um novo epicentro para a doença, vimos muitos países sul-americanos com aumento do número de casos, e claramente há preocupação em muitos deles, mas certamente o mais afetado é o Brasil neste momento", declarou o diretor, na ocasião.

Fonte: Folha de S. Paulo