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COVID | Morre brasileiro voluntário de testes da vacina de Oxford [ATUALIZADA]

Por| 21 de Outubro de 2020 às 14h45

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Karolina Grabowska/Pexels
Karolina Grabowska/Pexels

[ATUALIZAÇÃO - 22/10]: Em desdobramentos do anúncio, fontes anônimas da TV Globo apontaram que o nome do voluntário é João Pedro Feitosa, e que ele não recebeu uma dose do imunizante em desenvolvimento, mas sim um placebo. Por enquanto, o laboratório responsável não se posicionou.

Abaixo, você confere a notícia original na íntegra:

Em meio à pandemia, muitas instituições e empresas privadas deram início ao desenvolvimento de uma vacina que pudesse ajudar na luta contra a COVID-19. É o caso da farmacêutica AstraZeneca, que trabalha em uma candidata juntamente à universidade de Oxford, do Reino Unido. Essa candidata conta com testes no Brasil, mas, na última segunda-feira (19), um dos voluntários aos testes morreu por complicações da própria COVID-19. Não está claro, no entanto, se ele tomou o próprio imunizante ou se tomou o placebo (uma fórmula sem ação ligada ao coronavírus).

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi notificada do ocorrido na segunda (19), fazendo o anúncio nesta quarta-feira (21). Aparentemente, trata-se de um homem de 28 anos, médico e morador do Rio de Janeiro.

Sobre o caso, a Anvisa soltou o seguinte posicionamento:

"Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança. É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação".

A nota oficial da agência ainda aponta:

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"Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes. A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância. A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira".

Vacina de Oxford

A vacina desenvolvida em parceria entre o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford está na fase 3 dos testes, que começaram em junho. Nesta fase, a eficácia da vacina na imunização é verificada a partir do monitoramento de milhares de voluntários. No Brasil, o ministério prevê 100 milhões de doses da vacina de Oxford para o primeiro semestre de 2021 e outras 100 a 165 milhões para o segundo semestre.

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Os testes iniciais da vacina em questão aconteceram na Inglaterra, com direito a1.077 voluntários, divididos em dois grupos: 543 pessoas receberam a vacina experimental, e outras 534 receberam uma vacina de meningite (o grupo controle), enquanto 56 participantes da vacina experimental receberam paracetamol profilático.

Em meados de setembro,  a testagem foi suspensa, de forma global, porque uma voluntária apresentou reação adversa grave. A voluntária estava no grupo que, de fato, recebeu a vacina contra a COVID-19 em testes — ou seja, não era um placebo. Depois de uma semana conturbada na corrida por uma vacina segura e eficaz contra a COVID-19, os testes para o imunizante foram retomados. 

Fonte: G1 (1) e (2)