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COVID-19 grave é rara em crianças; e o Brasil registrou mil óbitos no grupo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 05 de Maio de 2021 às 10h50

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 Ketut Subiyanto / Pexels
Ketut Subiyanto / Pexels

Passado mais de um ano do primeiro caso confirmado do coronavírus SARS-CoV-2 no Brasil, pesquisadores e médicos já entendem mais sobre o comportamento deste agente infeccioso. Nesse sentido, ficou para trás a ideia de que crianças e adolescentes não apresentam sintomas ou complicações devido à COVID-19. No entanto, as complicações e a manifestação da doença de forma grave são raras no grupo.   

De acordo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Ministério da Saúde, mais de mil crianças e adolescentes já faleceram em decorrência da COVID-19 no país, desde o início da pandemia. No entanto, a mortalidade da infecção por coronavírus na faixa etária é considerada baixa quando comparada a outras causas nesse grupo, aponta apuração da CNN. 

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Síndrome inflamatória grave e a COVID-19 em crianças

Em crianças, uma das complicações raras da COVID-19 pode ser a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P). De acordo com um estudo norte-americano publicado na JAMA Pediatrics, a maioria dos casos de SIM-P que foram investigados resultou de infecções causadas pelo coronavírus na forma leve ou assintomática, seguida por uma resposta hiperinflamatória que parece ocorrer quando os organismos dos pacientes produziram seu nível máximo de anticorpos contra o vírus.

Liderado por pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, o estudo que envolveu mil crianças identificou que 75% das que apresentaram SIM-P não tiveram sintomas da COVID-19 no momento da infecção, mas de duas a cinco semanas depois, ficaram doentes a ponto de serem hospitalizadas com a doença. Os resultados da pesquisa mostram que, embora a síndrome seja rara, pode ser grave. No Brasil,  71 casos da doença foram registrados até julho de 2020 e eles tinham alguma relação com a infecção. 

Principais causas de óbito em crianças

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“Antes dos 5 anos, a maior causa disparada são problemas de má-formação ou relacionados ao parto. Após essa idade, lideram o ranking o homicídio, os acidentes, como os de trânsito e doméstico, e o câncer”, explicou o pediatra e neonatologista da SBP, Paulo Telles.

Por exemplo, 4,9 mil homicídios foram cometidos contra crianças e adolescentes até 19 anos em 2019, conforme verificado pelo 14º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. Agora, acidentes em geral são responsáveis pela morte, em média, de 3,3 mil crianças por ano, de acordo com a ONG Criança Segura. Já os diferentes tipos de cânceres causam, em média, 2,5 mil óbitos no grupo, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer do Instituto Nacional de Câncer, de 2020.   

Fonte: Com informações: CNN