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COVID-19 | Butantan testa tratamento com plasma em Santos e Araraquara

Por| Editado por Luciana Zaramela | 02 de Abril de 2021 às 13h00

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HwangMangjoo/Rawpixel
HwangMangjoo/Rawpixel

Num contexto em que a situação da pandemia preocupa cada vez mais, o Instituto Butantan decidiu testar o uso de plasma (componente líquido do sangue) de pacientes que tiveram COVID-19 no tratamento de pessoas com a doença. O projeto, a princípio, acontece nas cidades de Santos e Araraquara, em São Paulo, e o grupo envolve pessoas imunossuprimidas, com comorbidades e/ou maiores de 60 anos que testaram positivo para a doença em questão.

Basicamente, o tratamento com plasma consiste na transferência de anticorpos de uma pessoa que já teve a COVID-19 para uma outra pessoa, que por sua vez se encontra infectada. A proposta é que os anticorpos possam, assim, ajudar a combater a infecção. Se tudo der certo em Santos e Araraquara, a expectativa é crescer, levando esse tratamento para outros municípios.

Esse novo projeto vai contar com parceria dos hemocentros H.Hemo Hemoterapia Brasil, Pró-Sangue e dos hemocentros da Unicamp e da USP de Ribeirão Preto para coleta, armazenamento e distribuição da terapia. A doação de plasma pode ser feita em algumas das unidades dos hemocentros.

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Doação de plasma

De acordo com o anúncio feito pelo próprio presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, apenas homens de 16 a 69 anos a partir de 50kg que tenham tido COVID-19 podem doar o plasma. A infecção precisa ter acontecido com pelo menos um mês de antecedência em relação à coleta do plasma. Para doar, é preciso levar um documento original com foto. Os agendamentos podem ser feitos pelo site ou pelo telefone (0800-722-8432).

O presidente do instituto esclarece que as mulheres não podem doar porque na gestação há a liberação de anticorpos que podem causar lesão pulmonar em quem recebe o plasma. Mas o tratamento com plasma não é a única aposta do Instituto Butantan na luta contra a COVID-19: no último dia 25, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou início dos testes de segurança e eficácia de um soro para combater a evolução da doença em humanos. Oficialmente, a fórmula é conhecida como soro hiperimune anti-Sars-CoV-2.

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Trata-se de um soro produzido a partir da inoculação do coronavírus inativo em cavalos. Com a invasão do agente infeccioso, o corpo do animal reage ao microrganismo e produz anticorpos para combater a infecção da COVID-19. Em seguida, o sangue é coletado e os anticorpos produzidos são isolados.

Isso sem falar da vacina CoronaVac, desenvolvida atualmente em parceria com o Instituto em questão. O vírus composto na vacina é incapaz de gerar infecção, pois está morto. Porém, é capaz de gerar resposta imune semelhante à infecção, gerando proteção ao indivíduo quando houver exposição futura ao vírus. O imunizante já está sendo aplicado nos grupos prioritários da primeira fase do plano nacional de imunização.

Fonte: Folha de S. Paulo