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COVID-19 | Anvisa autoriza testes de vacina da Johnson & Johnson no Brasil

Por| 18 de Agosto de 2020 às 16h42

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Karolina Grabowska/Pexels
Karolina Grabowska/Pexels

Na pandemia, todos estamos aguardando ansiosamente por uma vacina que possa ser uma aliada verdadeiramente eficaz contra a COVID-19. Nesta terça-feira (18), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a Jansen-Cilag, unidade farmacêutica da Johnson & Johnson, a realizar testes clínicos no Brasil para o desenvolvimento de uma vacina contra a doença.

A estimativa é que os testes envolvam até 60 mil voluntários, com direito a 7 mil deles no Brasil, espalhados por São Paulo, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Norte. Em meio ao anúncio, a Anvisa acrescentou ainda que a autorização foi feita com base em estudos não clínicos e dados de outras vacinas que seguem a mesma premissa. Basicamente, os estudos da farmacêutica Jansen-Cilag começaram no mês de julho, tanto nos EUA quanto na Bélgica.

O ensaio clínico da vacina desenvolvida pela unidade farmacêutica da Johnson & Johnson será conduzido em etapas, e cada etapa terá início a partir do momento em que os resultados forem satisfatórios. É válido lembrar que trata-se do quarto estudo de vacina autorizado pela Anvisa no Brasil, nesta pandemia. 

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A potencial vacina se chama Ad26.COV2.S e é composta de um vetor recombinante, não replicante, de adenovírus tipo 26 (Ad26), construído para codificar a proteína S (spike) do vírus Sars-CoV-2. O ensaio clínico aprovado é um estudo de fase 3, randomizado, duplo-cego, controlado por placebo, para avaliar a eficácia e a segurança da candidata à vacina em adultos com 18 anos ou mais. Cada participante receberá uma dose única da vacina ou do placebo. 

Corrida pela vacina

Em meio à pandemia, muitas empresas estão correndo para desenvolver a vacina contra a COVID-19. No início do mês de junho, a agência em questão autorizou o ensaio clínico da vacina desenvolvida pela empresa AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, do Reino Unido; no dia 3 de julho, o da vacina desenvolvida pela Sinovac Biotech, da China, em parceria com o Instituto Butantan; e no dia 21 de julho, o das vacinas desenvolvidas pela BioNTech, da Alemanha, e Wyeth/Pfizer, dos Estados Unidos.

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O Ministério da Saúde já está começando a discutir quais serão os critérios usados e, de acordo com divulgação recente, devem ser os mesmos aplicados à vacinação da gripe, provocada pelo vírus influenza. Um projeto de lei em trâmite, do deputado Wolney Queiroz, do PDT de Pernambuco, que pede para que a definição da ordem da prioridade seja primeiro profissionais de saúde, seguido de idosos com mais de 60 anos; pessoas com comorbidades; profissionais da educação; atendentes de público em órgãos públicos; profissionais da educação; atendentes de público em órgãos públicos e empresas privadas; jornalistas e por último, pessoas saudáveis de idade inferior a 60 anos.

Fonte: Agência Brasil