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COVID-19 | 64% das crianças infectadas em SP são assintomáticas, diz prefeitura

Por| 19 de Agosto de 2020 às 11h45

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Julia M Cameron/Pexels
Julia M Cameron/Pexels

Nesta terça-feira (18), a Prefeitura de São Paulo divulgou um mapeamento realizado com seis mil crianças e adolescentes de 4 a 14 anos, que aponta que mais de 64% das crianças infectadas pelo coronavírus na cidade de São Paulo são assintomáticas, e 16% já tiveram contato com o vírus.

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido, 64,4% das crianças que testaram positivo foram completamente assintomáticas e 35,6% foram sintomáticas, ou seja: praticamente duas vezes mais o número de crianças que testaram positivo e não apresentaram sintomas. As informações vêm à tona por meio de um inquérito sorológico realizado entre os dias 6 e 10 de agosto.

A prefeitura contou, durante uma coletiva de imprensa, que testou dois mil alunos. Na primeira fase, os testes incluíram dois mil alunos do Ensino Infantil (4 a 6 anos), enquanto a segunda fase constituiu em 2 mil alunos do fundamental I ( 1º ao 5º ano, crianças de 6 a 10 anos) e a terceira e última fase englobou dois mil alunos do fundamental II (6º ao 9º ano, crianças e adolescentes de 11 a 14 anos). Basicamente, a ideia por trás desse inquérito foi tentar descobrir quantas pessoas já foram infectadas na capital paulista. Na prática, ele analisa anticorpos (IgM/igG) e identifica casos passados da doença.

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Na ocasião, o prefeito Bruno Covas revelou que as escolas municipais não serão reabertas para reforço escolar em setembro. "A retomada às aulas, nesse momento, para a Prefeitura de São Paulo, significaria a ampliação do número de casos, ampliação em consequência do número de internações e do número de óbitos aqui na cidade de São Paulo, razão pela qual, na cidade de São Paulo, nós não teremos o retorno das aulas em setembro, como o estado autorizou de reforço com apenas 35% das salas funcionando. Isso não ocorrerá na cidade de São Paulo".

O prefeito ainda apontou: "Estamos falando de uma decisão que vale pra toda área de educação da Prefeitura de São Paulo. Claro que cabe ao prefeito e ao secretário de educação organizar as escolas municipais na retomada das aulas, mas as decisões municipais, elas são para todos. Então nós não teremos o retorno as aulas na cidade de São Paulo", e concluiu que, com o levantamento, mais de 25% do alunos moram com pessoas que tem mais de 60 anos de idade, consideradas grupo de risco para a doença. "Então, nós estamos falando de quase um milhão de alunos, nós estamos falando de 250 mil crianças que moram com os avôs, avós, tios, tias, com mais de 60 anos de idade e, portanto, podem agravar a disseminação da doença nessa faixa etária da população, que é o risco de maior vulnerabilidade".

Fonte: G1