Corpo de mulher que morreu sozinha é "esquecido" em casa por três anos

No Reino Unido, veio à tona o caso de uma mulher, de 38 anos, que morreu em casa, sozinha, em novembro 2017. No entanto, os familiares da vítima, que apresentava transtornos mentais como esquizofrenia, só foram identificar a morte e encontrar o corpo mais de três anos depois, em maio de 2021. A audiência para abertura de possível inquérito deve ocorrer na segunda-feira (30).

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Segundo o jornal The Guardian, a vítima Laura Winham foi encontrada em estado mumificado, quase esquelético, passados mais de três anos de sua morte, no condado de Surrey, na Inglaterra. “Este é um caso verdadeiramente trágico e compartilhamos nossas condolências com a família e amigos de Laura", afirma porta-voz do condado.

Entenda o caso da mulher que foi "esquecida" após a morte no Reino Unido

Durante o período em que o corpo da vítima britânica entravava em decomposição, os seus benefícios por invalidez foram interrompidos e o gás da casa foi cortado. Além disso, cartas se acumulavam e agentes do governo tentavam entrar em contato.

A principal hipótese é de que Laura tenha morrido em novembro de 2017, poucas semanas após ter recebido visita da polícia em decorrência de um incidente local. Na ocasião, a equipe relatou aos serviços sociais que a mulher estava em estado de autonegligência (descuido excessivo), não tinha comida em casa e que desconhecia os programas assistenciais da região.

Apesar do aviso, os assistentes sociais não conseguiram conversar com a vítima — foram feitas tentativas de contato por telefone e cartas. Passadas duas semanas, encerraram as tentativas e o caso não foi reaberto ao longo dos anos.

Como foi descoberto o corpo da vítima?

Quando a família foi visitar Laura e informar que seu pai havia morrido em maio de 2021, não foram atendidos e chamaram a polícia, que forçou a entrada na casa. Neste momento, identificaram o cadáver da vítima. A casa estava em péssimas condições, com indicativos de completo abandono.

No calendário da Laura, as marcações paravam no meio do mês de novembro de 2017, pouco depois de ela ter escrito “preciso de ajuda”. O fato reforça a hipótese de quando a morte ocorreu. Posteriormente, a identidade da vítima foi confirmada pelos registros dentários.

Fonte: The Guardian