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CoronaVac é segura e eficaz em crianças a partir de 3 anos, mostra estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 28 de Fevereiro de 2022 às 10h03

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Prostock-studio/Envato Elements
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Pesquisadores chilenos identificaram que a vacina CoronaVac é segura e eficaz em crianças com mais de 3 anos e em adolescentes com até 17 anos. No Chile, o imunizante contra a covid-19 é aplicado nos menores desde dezembro de 2021. Além disso, a fórmula protege contra variantes do coronavírus, como a Ômicron (B.1.1.529), segundo testes em laboratório.

Publicado na plataforma MedRxiv, o preprint — estudo que ainda não foi revisado por pares — foi desenvolvido por cientistas do Instituto Millennium de Imunologia e Imunoterapia de Santiago. No total, participaram 963 voluntários com idades entre 3 e 17 anos, durante os meses de setembro e dezembro de 2021. Todos os participantes viviam no Chile.

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Segundo os autores, a "CoronaVac é segura e imunogênica para indivíduos de 3 a 17 anos". Além disso, a equipe sugere que a fórmula "confere proteção contra infecção causada por variantes do SARS-CoV-2 nessa população-alvo".

Como foi o estudo

Durante o estudo, os pesquisadores realizaram diferentes comparações para medir a resposta imunológica. Por exemplo, tanto em adolescentes quanto nas crianças os níveis de anticorpos foram maiores que os observados em adultos, após duas doses da CoronaVac. Curiosamente, a resposta de quem tinha entre 3 e 11 anos foi ainda maior que naqueles com idades entre 12 e 17 anos.

Além disso, a equipe de cientistas explica que os resultados obtidos indicam que a CoronaVac provoca níveis significativos de imunidade humoral — aquela que depende dos anticorpos — e de imunidade celular — que gera outros tipos de células do sistema imune, como as células T.

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Questão das variantes

A partir de análise de amostras de sangue dos voluntários, os pesquisadores observaram que a resposta imunológica desencadeada pela CoronaVac pode combater Variantes de Preocupação (VOC) nos experimentos em laboratório (in vitro), como a Ômicron e a Delta (B.1.671.2).

No entanto, uma dose de reforço demonstrou aumentar a capacidade de neutralização, segundo os autores. "Assim, é possível que uma dose de reforço da CoronaVac seja necessária para aumentar a neutralização do vírus das variantes circulantes do SARS-CoV-2 em crianças e adolescentes, embora isso ainda precise ser determinado empiricamente", explicam os autores.

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Reações adversas

"A reação adversa primária relatada após a primeira e a segunda dose foi dor no local da injeção. As reações adversas observadas foram principalmente leves e locais", afirmam os pesquisadores chilenos. "Nos 30 minutos pós-vacinação, dor local foi relatada por 3,8% e 1,7% dos participantes de 3 a 11 anos após a primeira e segunda dose, respectivamente, e em 2,2% e 8,2% dos adolescentes", detalham.

Entre os efeitos adversos sistêmicos — que afetaram menos de 10% do grupo de voluntários —, a cefaleia foi a mais comum em adolescentes. Por outro lado, a febre foi a mais relatada em crianças de 3 a 11 anos.

Vale lembrar que, no Brasil, a CoronaVac é produzida nacionalmente pelo Instituto Butantan, a partir do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) importado. No momento, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autoriza o uso em crianças a partir dos 6 anos, com 28 dias de intervalo entre as doses.

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Fonte: MedRxiv