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CoronaVac é eficaz contra variante de Manaus, aponta estudo inicial do Butantan

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Março de 2021 às 12h20

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Reprodução/Governo de São Paulo
Reprodução/Governo de São Paulo

Para entender se as vacinas contra a COVID-19 continuem a imunizar contra as novas variantes do coronavírus SARS-CoV-2, inúmeras pesquisas estão em andamento. Agora, um estudo preliminar desenvolvido pelo Instituto Butantan aponta que a CoronaVac é também eficaz contra a cepa de Manaus. No Brasil, esta é a principal vacina distribuída pelo Ministério da Saúde.

Segundo a agência internacional de notícias Reuters, o estudo do Butantan foi desenvolvido a partir de amostras de sangue retiradas de pessoas vacinadas com a fórmula da CoronaVac. Após a coleta da amostra, os anticorpos presentes foram testados contra a variante de Manaus e, em análise, comprovaram seu efeito protetor, de acordo com os dados preliminares ainda não publicados. Agora, o estudo deve ser ampliado para a obtenção de dados definitivos.

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Conhecida como P1 e originada em Manaus, esta variante do coronavírus é mais transmissível do que cepas anteriores do coronavírus (como o coronavírus ancestral). No atual cenário brasileiro, onde ainda há poucos imunizados, a nova cepa é entendida como um dos fatores que levaram ao recente aumento de casos e óbitos da COVID-19, durante as últimas semanas.

Vacinação contra a COVID-19 no Brasil

Anteriormente, o presidente do Butantan, Dimas Covas, afirmou que a CoronaVac teve resultados "muito positivos" em teses feitos na China contra as cepas britânica e sul-africana do coronavírus. Essas variantes também apontadas como mais contagiosas e apresentam mutações em comum com a de Manaus.

Uma das explicações possíveis para que a CoronaVac mantenha a eficácia contra as variantes emergentes do coronavírus é a tecnologia adotada para a imunização. Isso porque a fórmula foi desenvolvida a partir de fragmentos do coronavírus inativados (quando o vírus está "morto").

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Em outras palavras, a imunização não ocorre apenas contra as espículas (spikes) do agente infeccioso — como ocorre com a maioria das vacinas, como a Covishield e da Pfizer — e, sim, contra todo o coronavírus. Como as principais mutações do coronavírus têm ocorrido nas espículas, elas não necessariamente invalidariam toda a proteção desencadeada pela vacina CoronaVac.

Vale lembrar que para a vacinação dos brasileiros, o Butantan já entregou 16,1 milhões de doses da CoronaVac ao Programa Nacional de Imunização (PNI), do Ministério da Saúde. Além desta fórmula contra a COVID-19, o PNI já recebeu outras quatro milhões de doses da vacina Covishield (vacina de Oxford/ AstraZeneca), importadas prontas da Índia.

Fonte: Yahoo