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Coreia do Sul se prepara para segunda onda da COVID-19

Por| 14 de Maio de 2020 às 13h55

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Heo Ran/Reuters
Heo Ran/Reuters

Com quase 11 mil casos do novo coronavírus (SARS-CoV-2) e apenas 259 óbitos em decorrência da COVID-19, segundo os dados da Universidade Johns Hopkins, a Coreia do Sul é um exemplo a ser seguido no combate à infecção respiratória que já contaminou mais de 4,3 milhões de pessoas em todo o mundo.

Para alcançar os índices tão baixos de propagação do coronavírus, o país asiático investiu na testagem em massa da população e isolamento dos casos precocemente identificados. No entanto, aumento de infecções causadas por um único indivíduo contaminado ligou o alerta da Coreia do Sul para uma possível segunda onda da COVID-19.

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Relaxamento

Após registrar centenas de casos diários nas primeira semanas em que a humanidade descobria o coronavírus, novas notificações da Coreia do Sul já começavam a diminuir ainda em março. Controlando a propagação da COVID-19, ao final de abril, os números diários não ultrapassavam um dígito, ou seja, eram inferiores a dez novos casos.

Com o sucesso de suas iniciativas diante do mundo tudo — só os Estados Unidos têm mais de um milhão de casos —, o governo sul-coreano começou a relaxar medidas de distanciamento social, formalmente, a partir do dia 6 de maio. Dessa forma, voltou a permitir que estabelecimentos previamente fechados, como museus, parques e bibliotecas, reabrissem.

A questão é que o distanciamento social era, principalmente, voluntário e, em cidades como Seul, a capital da Coreia do Sul, bares e boates já operavam por volta do dia 29 de abril. Entre os frequentadores da cena noturna da cidade, logo na sua "reabertura", estava um homem de 29 anos que testou positivo para o vírus no dia primeiro de maio. É estimado que mais de 1.500 pessoas tenham frequentado os mesmos espaços que o portador da COVID-19 frequentou. Ou seja, aconteceu um precedente para a segunda onda de contaminação em massa.

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Em contato

Em tentativa de controlar a situação causada pelo único caso que se tem notícia, o governo sul-coreano compilou uma lista com mais de 5 mil pessoas que podem ter visitado clubes e bares na cidade, entre os dias 24 de abril a 6 de maio. Embora as autoridades não tenham conseguido contatar todas, cerca de duas mil delas foram avisadas da suspeita.

Em 12 de maio, eram mais de 100 casos confirmados relacionados ao homem de 29 anos, sendo mais de 60 apenas em Seul. Agora, as autoridades estão pedindo a todos os que visitaram os locais, durante o período, que sejam testados, mesmo que não apresentem sintomas.

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Após o caso, o prefeito de Seul, Park Won-soon, ordenou o fechamento por tempo indefinido de todos os bares e clubes da capital e províncias vizinhas.

Medo de uma segunda onda

Os planos do governo sul-coreano para relaxar ainda mais o distanciamento social, agora, podem ser revistos pelo perigo dos casos assintomáticos. Por exemplo, as escolas em todo o país estavam programadas para reabrir a partir de 13 de maio, mas a reabertura foi adiada por uma semana, por enquanto.

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Com sucesso no combate à COVID-19, a Coreia do Sul não é o único país que inicialmente conteve o coronavírus, mas teme uma segunda onda de casos da infecção. Recentemente, a China registrou novos casos de dois dígitos pela primeira vez, em cerca de seis semanas. A situação tem levantado dúvidas sobre como reduzir gradualmente os riscos da reabertura.

Fonte: NHK