Copa América trouxe variante colombiana ao Brasil e cepa circula pela 1ª vez
Por Natalie Rosa • Editado por Luciana Zaramela |

A Copa América chegou ao fim no último sábado (10), deixando não só o Brasil como o segundo colocado, como também uma herança: uma nova variante da COVID-19. De acordo com uma reportagem do Estadão, dois jogadores estrangeiros que participaram do campeonato trouxeram ao menos uma nova cepa do coronavírus que ainda não circulava por aqui.
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No dia 24 de junho, a Conmebol, organizadora do evento, revelou que 166 pessoas relacionadas à Copa América testaram positivo para o vírus. Agora, segundo análises de amostras coletadas no Mato Grosso de duas pessoas infectadas pela doença, um colombiano e um equatoriano, foi identificada a presença da variante B.1216. Os países se enfrentaram no campeonato em Cuiabá no dia 13 de junho.
As ameaças da Copa América
Desde que foi feito o anúncio de que a Copa América seria realizada no Brasil, especialistas e algumas autoridades se manifestaram contra, justamente pela possibilidade de novas variantes chegarem ao país, que ainda está longe de combater a pandemia. A variante B.1216 encontrada nos dois indivíduos se originou na Colômbia, se espalhando para os Estados Unidos e algumas regiões da Europa. Segundo especialistas, ainda não há comprovações de que essa mutação possa ser ainda mais contagiosa do que a Delta, por exemplo, ou mais fatal.
Para avaliar os efeitos da visita de diferentes países ao Brasil, o Ministério pediu ajuda do Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, para fazer o mapeamento genômico dos testes de COVID-19 que seriam feitos. Então, foi identificada a presença da variante. Somente em São Paulo, segundo o instituto, 21 variantes diferentes foram encontradas, sendo a mais comum a Gama, de Manaus.
Fonte: Estadão