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Como funciona a contagem de recuperados da COVID-19?

Por| 04 de Junho de 2020 às 22h00

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Quando nos deparamos com os números de casos da COVID-19, também temos o costume de ver quantas pessoas foram recuperadas. Mas você já parou para pensar em como se confirma essa recuperação? Acontece que existe uma metodologia rigorosa ao contabilizar os casos recuperados e, como é o caso de tantas doenças, o que conta como uma recuperação oficial nem sempre significa que o paciente fica sem efeitos prolongados.

De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), para que uma pessoa seja considerada recuperada, deve estar livre da febre sem a ajuda de medicamentos e precisa mostrar uma melhora em seus outros sintomas, como tosse e falta de ar. Além disso, a pessoa deve ter apresentado resultado negativo para o coronavírus duas vezes em testes realizados com pelo menos 24 horas de intervalo. Esse é o padrão oficial para uma pessoa ser considerada na lista de "recuperados".

No entanto, para aqueles com um caso mais grave de COVID-19, é provável que ocorram efeitos prolongados, mesmo após o desaparecimento do vírus. De acordo com Brad Butcher, fundador e diretor do Centro de Recuperação de Doenças Críticas no Centro Médico Mercy da Universidade de Pittsburgh, alguns podem considerar a recuperação como uma saída do hospital, outros podem vê-la como um retorno ao trabalho, mesmo que tenham desafios persistentes.

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O que isso significa é que é possível ser considerado "oficialmente" recuperado de uma infecção por COVID-19, mas ainda sentir sintomas como fadiga, fraqueza muscular e falta de ar, além de comprometimento da função pulmonar, renal ou hepática, já que levam tempo para serem resolvidos.

Os sintomas persistentes geralmente estão associados a casos graves, então o especialista conta que quanto mais grave a infecção original, maior a probabilidade de uma pessoa levar mais tempo no processo de recuperação. No momento, acredita-se que se você teve um caso leve, é menos provável que experimente alguns desses efeitos a longo prazo. A recuperação geralmente é um longo caminho e pode parecer diferente para todos, especialmente nos casos que requerem hospitalização.

Fonte: CDC via Lifehacker