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Cientistas usam minicérebros para reparar lesões em camundongos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Fevereiro de 2023 às 18h30

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DS stories/Pexels
DS stories/Pexels

Minicérebros cultivados em laboratório têm sido uma das grandes apostas da comunidade científica, mas em um novo estudo, publicado na última quinta-feira (2), pesquisadores conseguiram usar esse recurso para reparar lesões cerebrais de camundongos.

No novo estudo, a equipe percebeu que os organoides cerebrais cultivados a partir de células-tronco humanas podem ser transplantados para o córtex visual de um rato ferido, onde as informações dos olhos são enviadas primeiro para processamento.

O que acontece é que, quando a luz atinge a retina do olho, uma mensagem elétrica chega ao córtex visual "primário", que começa a analisar as características básicas do que quer que esteja na frente do olho. Esses dados são encaminhados para o córtex visual "secundário", que leva a análise um passo adiante.

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Para a realização do novo estudo, ratos adultos sofreram uma lesão grave no córtex visual secundário, e os pesquisadores usaram o organoide para preencher essa lacuna no cérebro.

Para transplantar cada organoide para o cérebro de um rato, a equipe removeu um pedaço do crânio, inseriu o minicérebro e selou o orifício com uma tampa protetora. Os ratos receberam drogas imunossupressoras durante e após o procedimento, para evitar que seus corpos rejeitassem o transplante. Nos três meses seguintes, os vasos sanguíneos dos ratos se infiltraram nos minicérebros.

Os pesquisadores agora trabalham em testes comportamentais e de capacidade visual nos roedores envolvidos para investigar possíveis alterações após seus ferimentos. Os próximos passos envolvem testar se os minicérebros podem ser integrados de forma semelhante em outras partes do órgão, como o córtex motor, que controla o movimento.

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Neste ano, um artigo publicado na Nature Communications descreveu pela primeira vez a interação de minicérebros com estímulos de luz. O resultado pode ajudar a restaurar regiões cerebrais perdidas ou degeneradas, no futuro.

Fonte:  Cell Stem Cell via Live Science