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Cientistas transformam fezes humanas em medicamento contra o câncer

Por| Editado por Luciana Zaramela | 11 de Dezembro de 2023 às 10h59

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LightFieldStudios/Envato
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As fezes humanas podem ser verdadeiras aliadas na luta contra o câncer. Uma empresa biotecnológica francesa chamada Maat Pharma desenvolveu remédios aproveitando os microrganismos que habitam o intestino humano. Atualmente o protagonista da pesquisa é o MaaT013, ainda em fase final de ensaios clínicos.

A proposta do MaaT013 é tratar uma doença rara de rejeição que ocorre após um transplante de células-mãe em cânceres do sangue. Assim, a empresa pretende melhorar a vida de pacientes e sua resposta às imunoterapias ao restaurar a microbiota danificada por tratamentos intensivos.

Por enquanto, a expectativa da empresa é entregar os primeiros resultados do teste em meados de 2024, mas mesmo assim, o medicamento já está disponível em alguns países da Europa, para os casos que envolvam urgência.

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Segundo comunicado da própria Maat Pharma, a ideia é comercializar 9 mil doses por ano do medicamento.

Medicamento a base de fezes

A empresa basicamente utiliza as fezes de doadores para conseguir uma microbiota específica chamada medula substancial, que é reinjetada em pacientes no hospital pelo reto para recolonizar o sistema digestivo e restaurar a microbiota alterada.

Esses doadores precisam passar por análises de sangue a cada 60 dias e análises diárias de fezes esporádicas. O grupo de pesquisadores ainda se concentra em verificar a rastreabilidade, a consistência e a aparência do material, e então um diluente é adicionado para proteger as bactérias durante o congelamento.

Por enquanto, só existe essa opção injetável, mas os farmacêuticos também estudam a possibilidade de um medicamento em cápsulas chamado MaaT033.

Em abril, os EUA aprovaram um remédio oral feito a partir de fezes. Conhecida como Vowst, a medicação é uma alternativa mais simples à terapia de transplante fecal, mas o uso só está liberado para quem tem mais de 18 anos. A substância contém bactérias intestinais vivas, obtidas em amostras de fezes doadas por pessoas saudáveis.

Fonte: Maat Pharma (1, 2)