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Cientistas "revivem" bactérias que habitavam os dentes dos neandertais

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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 grafvision/envato
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Em estudo publicado na última quinta-feira (4) na revista Science, uma equipe de pesquisadores descobriu 459 genomas diferentes presentes na placa dentária dos neandertais. Na prática, os autores conseguiram recompor o código genético de bactérias ainda não conhecidas com até 100 mil anos de idade.

Segundo os próprios cientistas envolvidos, a análise representa um marco importante, uma vez que permite conhecer a vasta diversidade genética e química de nosso passado microbiano. Conforme diz a equipe, a ideia é traçar um caminho para a descoberta de produtos naturais antigos e informar seu potencial em aplicações futuras.

O estudo se desdobrou através da análise do material de 12 neandertais que datam de aproximadamente 102 mil a 40 mil anos atrás; 34 humanos de sítios arqueológicos, com idade estimada entre 30 mil e 150 anos; além de 18 humanos atuais.

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A equipe conseguiu reconstruir várias espécies bacterianas orais, como uma desconhecida do gênero Chlorobium, organismo foi encontrado no cálculo dentário de sete humanos paleolíticos e neandertais.

A abordagem é a primeira a trazer de volta, com sucesso, a função de bactérias antigas, enquanto o uso de placas dentárias para reconstruir genomas permitiu aos pesquisadores estudar o microbioma da boca humana de milhares de anos atrás.

O estudo abre portas para investigar a diversidade microbiana perdida e potencialmente para uso na criação de antibióticos e para aprender sobre as diferentes funções e capacidades dos genes.

Fonte: Science via IFL Science