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Cientistas querem criar embriões sintéticos para doar órgãos

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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vladimirzotov/envato
vladimirzotov/envato

A empresa de biotecnologia Renewal Bio já conseguiu trazer à tona um embrião de camundongo “sintético” criado sem a necessidade de esperma, óvulo ou mesmo útero. Agora, a ideia é recriar o experimento usando células humanas, com o objetivo final de usar embriões humanos sintéticos para produzir órgãos destinados a doações para quem precisa.

Em entrevista à MIT Technology Review, os pesquisadores declaram que esperam que o experimento produza embriões semelhantes a uma gravidez de cerca de 40 ou 50 dias, completos e com pequenos órgãos que possam ser colhidos e destinados ao banco de órgãos. Além disso, células embrionárias poderiam ser usadas para ajudar em várias condições imunológicas.

“Nós vemos o embrião como a melhor impressora biológica 3D. É a melhor entidade para fazer órgãos e tecidos adequados", afirmam os cientistas. A ideia é combater a escassez no banco de órgãos dos EUA, considerando que existem atualmente quase 106 mil pessoas à espera de um doador, só nesse país.

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Por enquanto, a empresa está agora no processo de angariação de fundos e de apresentação aos investidores. De qualquer forma, a Renewal Bio ainda não sabe o quão avançado esse embrião sintético deve se tornar. O que se imagina é que a criação de um embrião humano sem esperma, óvulo ou útero seria um momento muito importante na pesquisa com células-tronco.

O que são embriões sintéticos?

O método para manter embriões de roedores vivos por vários dias consiste em incubadoras que giram líquidos cuidadosamente, como uma roda gigante, permitindo o desenvolvimento dos embriões por muito mais tempo do que antes, ficando do tamanho de um grão de arroz, sendo visíveis os batimentos de seus corações.

Em pesquisa publicada no início de agosto, os cientistas usaram células-tronco programadas para retornar ao seu estado inicial, melhorando seu potencial para se desenvolver e se tornar qualquer parte do corpo. Substituir embriões de roedores derivados de células-tronco desenvolvidas em incubadoras de laboratório aumenta o potencial das pesquisas na área.

Fonte:  MIT Technology Review via IFL Science