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Cientistas querem criar embriões sintéticos para doar órgãos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 23 de Agosto de 2022 às 15h09

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vladimirzotov/envato
vladimirzotov/envato

A empresa de biotecnologia Renewal Bio já conseguiu trazer à tona um embrião de camundongo “sintético” criado sem a necessidade de esperma, óvulo ou mesmo útero. Agora, a ideia é recriar o experimento usando células humanas, com o objetivo final de usar embriões humanos sintéticos para produzir órgãos destinados a doações para quem precisa.

Em entrevista à MIT Technology Review, os pesquisadores declaram que esperam que o experimento produza embriões semelhantes a uma gravidez de cerca de 40 ou 50 dias, completos e com pequenos órgãos que possam ser colhidos e destinados ao banco de órgãos. Além disso, células embrionárias poderiam ser usadas para ajudar em várias condições imunológicas.

“Nós vemos o embrião como a melhor impressora biológica 3D. É a melhor entidade para fazer órgãos e tecidos adequados", afirmam os cientistas. A ideia é combater a escassez no banco de órgãos dos EUA, considerando que existem atualmente quase 106 mil pessoas à espera de um doador, só nesse país.

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Por enquanto, a empresa está agora no processo de angariação de fundos e de apresentação aos investidores. De qualquer forma, a Renewal Bio ainda não sabe o quão avançado esse embrião sintético deve se tornar. O que se imagina é que a criação de um embrião humano sem esperma, óvulo ou útero seria um momento muito importante na pesquisa com células-tronco.

O que são embriões sintéticos?

O método para manter embriões de roedores vivos por vários dias consiste em incubadoras que giram líquidos cuidadosamente, como uma roda gigante, permitindo o desenvolvimento dos embriões por muito mais tempo do que antes, ficando do tamanho de um grão de arroz, sendo visíveis os batimentos de seus corações.

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Em pesquisa publicada no início de agosto, os cientistas usaram células-tronco programadas para retornar ao seu estado inicial, melhorando seu potencial para se desenvolver e se tornar qualquer parte do corpo. Substituir embriões de roedores derivados de células-tronco desenvolvidas em incubadoras de laboratório aumenta o potencial das pesquisas na área.

Fonte:  MIT Technology Review via IFL Science