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Cientistas querem construir vacinas que liberam doses de reforço sem 2ª injeção

Por| Editado por Luciana Zaramela | 06 de Agosto de 2022 às 12h30

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SteveAllenPhoto999/Envato
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A maioria das vacinas são aplicadas em duas ou mais doses. Com isso, as pessoas precisam voltar regularmente aos postos de vacinação até estarem imunizadas contra uma doença. Para facilitar esse processo, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, querem criar fórmula autônomas e que sejam capazes de liberar as próprias doses de reforço, sem a necessidade de uma injeção extra.

Publicado na revista Science Advances, o recente estudo dos cientistas do MIT descreve como micropartículas poderiam ser construídas para que a liberação das doses da vacina fosse gradual, simulando uma segunda ou terceira dose. Além disso, o artigo oferece insights sobre como o conteúdo pode ser protegido, impedindo que ela perca sua estabilidade, enquanto espera para ser lançado no organismo.

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Como funcionaria as vacinas autônomas?

De acordo com os pesquisadores, as vacinas autônomas deveriam conter micropartículas encapsuladas em recipientes como minúsculos copos de água com tampa. Estes compartimentos deveriam se manter intactos entre as camadas da pele até o momento da liberação.

Por enquanto, a ideia é que polímeros — um tipo de material sintético semelhante ao plástico — sejam usados na construção dos "copinhos", já que algumas soluções médicas usam este tipo de material. Para permitir a liberação da vacina no momento certo, a estrutura precisaria conter pontos solúveis, o que funcionaria como a tampa. No entanto, ainda é um desafio transformar esse conceito em realidade.

“Esta é uma plataforma que pode ser amplamente aplicável a todos os tipos de vacinas, incluindo vacinas baseadas em proteínas recombinantes, vacinas baseadas em DNA e até vacinas baseadas em RNA”, explica Ana Jaklenec, pesquisadora do MIT, em comunicado.

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Inclusive, estas potenciais vacinas seriam especialmente úteis em regiões onde as pessoas não têm acesso frequente a cuidados médicos e, por isso, existe uma maior dificuldade em concluir o processo de vacinação. Também pode ser uma alternativa para facilitar a vacinação infantil, o que evitaria o retorno de diferentes doenças, como o sarampo.

Fonte: Science Advances e MIT