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Cientistas finalmente descobrem por que tratamentos para câncer pioram a dor

Por| Editado por Luciana Zaramela | 09 de Fevereiro de 2023 às 14h40

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LightFieldStudios/Envato
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Normalmente, o tratamento para câncer é feito através de uma combinação de quimioterapia e medicamentos que estimulam o sistema imune. No entanto, essa junção de métodos também aumenta efeitos colaterais, e principalmente a dor. Em novo estudo publicado na revista Cancer Immunology Research, pesquisadores finalmente entenderam o porquê dessa piora nas dores, o que pode contribuir futuramente para tornar esses tratamentos mais suportáveis.

Para isso, o grupo fez experimentos com dois medicamentos utilizados contra tumores, principalmente de pulmão e mama: o paclitaxel e os inibidores de pontos de controle da resposta imune (anti-PD-1/anti-PD-L1). Foi possível notar um aumento na incidência de efeitos colaterais em indivíduos que fizeram uso combinado dos medicamentos.

Os pesquisadores descobriram, depois de análise com roedores, que os inibidores de pontos de controle da resposta imune bloqueiam uma interação entre as proteínas PD-L1 e PD-1. Essa interação ajudaria a inibir a dor neuropática provocada pelo paclitaxel, então o seu bloqueio acaba "abrindo as portas" para esse efeito colateral.

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"Descobrindo que essa interação neuroimune pode atenuar o desenvolvimento da dor neuropática associada ao tratamento de câncer, acreditamos que seja possível explorar esse mecanismo em outros modelos de doenças”, apontam os pesquisadores.

Segundo os autores do estudo, a comunidade científica já havia observações em estudos clínicos que imunoterapias combinadas a paclitaxel aumentavam a dor nos pacientes, sugerindo maior neurotoxicidade.

Agora, a ideia é que o entendimento dos mecanismos envolvidos na potencialização da dor pela associação dos dois tratamentos possa ajudar no desenvolvimento de alternativas terapêuticas que previnam a dor dos pacientes com câncer.

Fonte: Cancer Immunology Research via Agência FAPESP