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Cientistas criam circuito nervoso vivo e artificial para desenvolver analgésicos

Por| Editado por Luciana Zaramela | 30 de Setembro de 2021 às 12h30

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Colin Behrens/ Pixabay
Colin Behrens/ Pixabay

Com o objetivo de facilitar o desenvolvimento de novas drogas analgésicas, pesquisadores da Universidade Tulane, nos Estados Unidos, criaram um circuito nervoso vivo capaz de replicar os canais de transmissão de dor na medula espinhal.

Segundo Michael J. Moore, da Escola de Ciência e Engenharia da universidade, a criação pode replicar com precisão o comportamento fisiológico dos circuitos que transportam os sinais sensoriais da dor. Dessa forma, eles também respondem a drogas analgésicas, como é o caso da lidocaína e da morfina, de uma forma distinta e mensurável para cada medicamento, diz ele.

A pesquisa tem um objetivo claro: viabilizar a criação de novos medicamentos analgésicos que não sejam viciantes. Nos Estados Unidos, há uma epidemia de opioides, classe de drogas que já causou mais de 1 milhão de mortes por overdose nos últimos 10 anos, segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças nos EUA (CDC).

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“Nossa esperança é de que sejamos capazes de usar esse modelo para poder identificar possíveis candidatos a novos analgésicos, o que, por enquanto, só pode ser feito por meio de árduos testes de estudos comportamentais em animais”, explica Moore.

Devido à crise dos opioides, os Estados Unidos estão investindo pesado em soluções. Desde 2018, foi lançada a Iniciativa HEAL (sigla para “Ajudar a acabar com o vício a longo-prazo”). São US$ 945 milhões destinados ao projeto pelo Instituto Nacional de Saúde do país. O circuito nervoso de Moore é um dos resultados desse esforço e o primeiro.

Agora, os pesquisadores pretendem expandir o projeto. “Queremos caracterizar melhor a fisiologia do nosso modelo, melhorar a sua relevância fisiológica e determinar se conseguimos imitar alguns dos processos biológicos associados à tolerância medicamentosa”, conclui o pesquisador. Para acessar o estudo, clique aqui.

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Fonte: Universidade de Tulane