China rejeita planos da OMS de iniciar 2ª fase de estudo sobre origens da COVID
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |

Na busca pelas origens do coronavírus SARS-CoV-2, o governo chinês não deve participar de uma segunda fase das investigações, coordenadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O anúncio foi feito por uma autoridade de saúde do país, nesta quinta-feira (22). Isso porque o inquérito sobre a COVID-19 deve investigar a possibilidade de um vazamento do vírus de um laboratório.
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O membro da Comissão Nacional de Saúde chinesa, Zeng Yixin, contou que ficou "surpreso" ao descobrir que a nova investigação avaliaria um suposto vazamento do coronavírus de um laboratório na cidade chinesa de Wuhan, o primeiro epicentro da COVID-19.
“Em alguns aspectos, o plano da OMS para a próxima fase de investigação da origem do coronavírus não respeita o bom senso e é contra a ciência. É impossível para nós aceitarmos tal plano”, afirmou Yixin, durante coletiva de imprensa.
O membro da comissão também respondeu supostas alegações do Departamento de Estado dos Estados Unidos de que funcionários do Instituto de Virologia de Wuhan (WIV) adoeceram semanas antes dos primeiros casos documentados da COVID-19, na China. Segundo Yixin, "nenhum trabalhador ou pesquisador do WIV foi infectado pelo coronavírus".
O que a OMS já sabe sobre as origens da COVID-19?
Em março deste ano, a OMS divulgou um relatório inicial sobre a investigação das origens do coronavírus. No documento, a equipe de cientistas concluiu que o vírus, provavelmente, infectou um animal silvestre antes de se espalhar para os seres humanos, em dezembro de 2019. No entanto, ainda não foi possível determinar o animal (hospedeiro) intermediário do SARS-CoV-2.
Nas últimas semanas, um número crescente de cientistas e as autoridades dos Estados Unidos questionam os resultados da primeira pesquisa. O próprio presidente dos EUA, Joe Biden, solicitou que as agências nacionais de inteligência analisassem os motivos que desencadeou a pandemia da COVID-19.
Por outro lado, não há evidências concretas de que o coronavírus foi o resultado de um vazamento acidental do Instituto de Virologia de Wuhan, onde se acredita que uma pesquisa com coronavírus foi conduzida em morcegos.
Fonte: CNN