China aprova uso da CoronaVac em crianças a partir de 3 anos, diz farmacêutica
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 10 de Junho de 2021 às 09h16
No combate ao coronavírus SARS-CoV-2, inúmeros laboratórios e farmacêuticas testam a eficácia de seus imunizantes em crianças e jovens. Nesse cenário, a farmacêutica chinesa Sinovac anunciou, na sexta-feira (4), que a China aprovou o uso da CoronaVac — a mesma vacina envasada e distribuída pelo Instituo Butantan no Brasil — em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos.
- OMS aprova uso emergencial da CoronaVac contra COVID-19
- China já luta contra chegada da variante Delta; veja como o país se organiza
- Por que refrigerante sem gás — e outros absurdos — não combatem a COVID-19?
Com essa autorização inédita de imunizantes contra a COVID-19 para crianças, a China se torna o país que mais cedo imuniza a população contra a doença infecciosa. No entanto, ainda não se sabe quando, exatamente, as crianças poderão ser vacinadas.
Pesquisa da CoronaVac em crianças
"A Sinovac realizou um estudo clínico na população menor [de idade], que começou no início deste ano, com a conclusão dos ensaios clínicos de primeira e segunda fases", explicou o diretor da Sinovac, Yin Weidong, durante entrevista para a TV estatal chinesa CCTV.
As análises mostraram que os efeitos de segurança e eficácia da CoronaVac no grupo de crianças era igual ao observado nos adultos imunizados, afirmou Weidong. Em breve, a revista científica The Lancet deve publicar as descobertas detalhadas sobre a eficácia da vacina neste novo público-alvo para a imunização.
Vale comentar que, no começo deste mês, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou o uso emergencial da vacina CoronaVac em adultos. Com o selo da OMS, o imunizante poderá ser adotado pelo programa internacional para o acesso igualitário de imunizantes, o COVAX Facility.
Vacinas contra o coronavírus em crianças
Na terça-feira (8), a farmacêutica norte-americana Pfizer anunciou que ampliará a testagem do imunizante contra o coronavírus em voluntários menores de 12 anos tanto na Europa quanto nos EUA. O novo estudo da Pfizer/BioNTech deve inscrever até 4,5 mil crianças e adolescentes em mais de 90 centros clínicos, como aqueles espalhados pelos EUA, Finlândia, Polônia e Espanha.
Até então, a fórmula da Pfizer/BioNTech era o imunizante — já autorizado por alguma agência reguladora — que mais permitia a imunização de menores de idade, pois considerava aqueles com 12 anos ou mais. Inclusive, a empresa solicitou a atualização deste uso em sua bula para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
Fonte: G1