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Casos de diabetes aumentaram entre crianças e adolescentes durante a pandemia

Por  • Editado por Luciana Zaramela | 

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A pandemia foi responsável pelo aumento do risco de diabetes entre crianças e adolescentes, conforme comenta um estudo conduzido por pesquisadores do Pennington Biomedical Research Center (EUA). A culpa cai sobre a quarentena, que favorece um cenário de sedentarismo a esse público. Em paralelo, o IDF Diabetes Atlas sugere um aumento da doença no Brasil.

Acontece que o contexto da quarentena tornou inviável a realização de atividades físicas e resultou em um aumento do consumo de alimentos processados. A combinação desses elementos elevou os casos de diabetes entre os mais jovens. Para chegar a essa descoberta, os autores do estudo revisaram prontuários de admissões por diabetes em um hospital infantil.

Na prática, os envolvidos analisaram as crianças que deram entrada entre março e dezembro de 2019 e compararam com o mesmo período no ano seguinte. Através dessa pesquisa, os cientistas observaram maior incidência de crianças no ano do início da pandemia do que no período anterior. Para se ter um parâmetro, em 2019, a taxa de hospitalização por diabetes 2 foi de 0,27%, ou seja, oito casos de cerca de 3 mil hospitalizações. Já no ano de 2020, o número teve um aumento significativo: 17 casos, o equivalente a 0,62%.

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Diabetes aumenta no Brasil

Recentemente, o IDF Diabetes Atlas, promovido pela Federação Internacional de Diabetes, apontou que um aumento de 26,6% no número de pacientes diabéticos no Brasil, ao longo dos últimos dez anos. De acordo com o relatório divulgado pela organização, há cerca de 1,2 milhão de crianças e adolescentes vivendo com diabetes.

No ano passado, uma pesquisa realizada em conjunto pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelas universidades federais de Lavras (Ufla), Ouro Preto (Ufop) e Viçosa (UFV) sugeriu que a pandemia gerou impactos no estilo de vida da população brasileira. O estudo apontou que o s hábitos alimentares pioraram, com aumento de consumo de pães, farináceos, refeições instantâneas e fast food. Já o consumo de frutas e vegetais decaiu.

Assim como esse estudo atual da diabetes, a pesquisa da UFMG também alertou para uma queda na realização de atividades físicas por causa da imposição da quarentena durante a pandemia de covid-19.

Fonte: IDF Diabetes Atlas, O Globo