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Cannabis deixa homem com dedos roxos em raríssimo efeito colateral

Por| Editado por Luciana Zaramela | 25 de Agosto de 2022 às 15h40

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ckstockphoto/envato
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Um homem de 49 anos ficou com os dedos roxos de tanto fumar Cannabis. As informações foram publicadas na revista Annals of Emergency Medicine. A condição foi apelidada de arterite de cannabis e é considerada um efeito colateral muito raro e grave, que acontece graças ao consumo pesado da droga.

Segundo o relato, o paciente (que não foi identificado) apareceu no pronto-socorro do Boston Medical Center com as pontas dos dedos roxas e úlceras em seus dígitos. Nas seis semanas anteriores, ele havia experimentado rupturas dolorosas na pele dos dedos. Com os exames, a equipe médica descobriu que ele tinha um suprimento inadequado de sangue correndo para as mãos.

Esse efeito colateral tão raro consiste em uma doença vascular que pode causar necrose. É tão rara que apenas cerca de 50 casos confirmados foram publicados na literatura médica entre 1960 e 2008, principalmente em pacientes do sexo masculino mais jovens.

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No artigo, os médicos apontam que se não for tratada, a condição pode resultar em amputação. A principal teoria é que o THC — a principal substância psicoactiva encontrada na Cannabis — pode atuar como vasoconstritor periférico, ou seja, contrair os vasos sanguíneos. Quando a Cannabis é misturada com tabaco, o arsênico também pode ser um fator responsável por esse tipo de efeito.

De qualquer forma, os médicos descrevem no artigo que o tratamento para a esse efeito colateral da Cannabis é relativamente simples, desde que a necrose não tenha progredido muito. “O tratamento consiste na cessação do tabagismo, que é a única maneira definitiva de interromper a progressão da doença e evitar a amputação. Sem interrupção, as taxas de amputação podem chegar a 40%", apontam os pesquisadores.

De qualquer forma, a Cannabis tem sido usada para fins medicinais. Para se ter noção, em maio deste ano a Anvisa aprovou novos produtos e superou o antigo limite de THC.

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Fonte: Annals of Emergency Medicine, IFL Science