Publicidade

Butantan identifica 2 novas linhagens derivadas da variante Delta em São Paulo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 01 de Dezembro de 2021 às 10h20

Link copiado!

twenty20photos/envato
twenty20photos/envato

Pesquisadores do Instituto Butantan e de outras instituições brasileiras identificaram duas novas linhagens da variante Delta (B.1.671.2) do coronavírus SARS-CoV-2 em São Paulo. As duas subvariantes (AY.43.1 e AY.43.2) foram encontradas na região metropolitana do estado, através do sequenciamento genético de amostras da covid-19.

  • Variante Delta pode ter "mutado até a extinção" no Japão, defendem cientistas
  • Variante Ômicron chega ao Brasil; Anvisa confirma 2 casos

Diferente da chegada da variante Ômicron (B.1.1.529) do coronavírus, os pesquisadores sugerem que estas novas linhagens da Delta surgiram no Brasil. "A maioria das sequências analisadas de ambas as linhagens eram brasileiras, o que mostra que provavelmente essas duas sublinhas emergentes são de origem brasileira", afirmam os autores no preprint — estudo sem revisão por pares —, divulgado na plataforma medRxiv.

Continua após a publicidade

Riscos das novas linhagens da Delta?

"Ainda não se sabe como essas duas sublinhagens estão disseminadas no Estado de São Paulo e no Brasil e seu potencial impacto no processo de vacinação em andamento", explicam os autores do estudo. Nesse sentido, a vigilância epidemiológica é cada vez mais necessária para identificar cepas emergentes da covid-19.

O que se sabe é que as subvariantes AY.43.1 e AY.43.2 são ramificações da AY.43. Esta é uma dos mais de 120 subgrupos da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia no final do ano passado.

Vale lembrar que, segundo os autores, "O Brasil é hoje um dos países mais vacinados contra a SARS-CoV-2 do mundo, o que pode potencializar o surgimento de mutações virais relacionadas à melhora da aptidão viral".

Continua após a publicidade

Nas próximas semanas, as duas novas linhagens podem se espalhar e ganhar maior relevância no cenário, o que deve apontar para a existência de mutações que as tornaram mais transmissíveis, ou não. Nesse sentido, ainda é necessário observar o comportamento de cada uma delas. Em paralelo, a vacinação contra a covid-19 deve ser ainda mais ampliada.

Fonte: MedRxiv