Brasil testa eficácia de meia dose de vacina da covid como reforço
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 21 de Setembro de 2021 às 12h30
Para combater a pandemia do coronavírus SARS-CoV-2, um dos grandes desafios é vencer a questão da escassez de imunizantes. Nesse cenário, uma pesquisa do Ministério da Saúde estuda a possibilidade da dose de reforço da vacina contra a covid-19 usar uma concentração menor que as aplicações anteriores. Para ser mais preciso, apenas meia dose. Esta investigação é feita em parceria com a Universidade de Oxford, no Reino Unido.
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Para verificar a eficácia dessa nova proposta de imunização contra a covid-19, os pesquisadores precisam entender ainda se as pessoas que receberem a metade de uma dose completa no reforço ficarão igualmente imunizadas aqueles que receberam a dose extra completa. Ainda não há previsão de quando os resultados serão publicados.
Este estudo é o mesmo que foi iniciado em agosto, em que é avaliada a eficácia da vacinação heteróloga contra a covid-19, ou seja, a mistura de diferentes imunizantes contra o coronavírus. Nesse caso, os pacientes imunizados, inicialmente, com a vacina CoronaVac devem receber doses de reforço com: a própria CoronaVac; Pfizer/BioNTech; Janssen; e Covishield (AstraZeneca/Oxford). Além disso, poderão ser incluídas diferentes concentrações das fórmulas originais.
Caso os resultados do teste sejam positivos, as autoridades de saúde poderiam otimizar a aplicação de doses. Por exemplo, seria possível aplicar a dose de reforço no dobro de pessoas com a mesma quantidade de imunizante.
Vale lembrar que, no momento, apenas idosos e pacientes imunossuprimidos recebem a dose extra da vacina contra a covid-19 no Brasil. Para esta imunização, o Ministério da Saúde recomenda o uso preferencial da fórmula da Pfizer/BioNTech. Caso não haja no estoque, deve ser aplicada a fórmula da AstraZeneca/Oxford.
Fonte: Folha de S. Paulo