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Brasil estuda trazer testes da Coreia do Sul para conter COVID-19

Por| 17 de Março de 2020 às 15h50

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O novo coronavírus (SARS-CoV-19) já infectou mais de 190 mil pessoas em todo o mundo, de acordo com dados do mapa interativo da Universidade Johns Hopkins. Nesse cenário, o vírus migrou de seu epicentro inicial, a China (e de modo geral a Ásia), para o continente Europeu e, especificamente, o Irã. Procurando aprender com quem "lida bem" com a pandemia da COVID-19, o Ministério da Saúde estuda a compra de tecnologia sul-coreana.

No radar brasileiro, está a aquisição de testes rápidos para o novo coronavírus da Coreia do Sul. Isso porque o país é um dos mais bem sucedidos controlar o avanço da COVID-19 na sociedade, a partir de uma campanha, em massa, para os exames. O país asiático teve mais de 8 mil casos, mas já testou 222 mil até semana passada, segundo dados do jornal O Globo.

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Diferente da realidade sul-coreana, o Ministério da Saúde recomenda, até agora, a orientação de que os exames sejam direcionados para os pacientes graves, principalmente em locais onde há transmissão comunitária — quando não é possível identificar a origem da doença.

"Nós estamos entrando em contato com a Coreia para avaliar o modelo coreano de realização. Nós não temos ainda o teste rápido, que é parecido com o teste de gravidez [e de HIV também], em que você coloca a amostra e ele dá uma reação. Esse teste ainda não está disponível no Brasil. Nós estamos trabalhando para adquiri-lo e colocá-lo [em circulação]. Aí sim teremos condições de ampliar a cobertura", comenta o Secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira.

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Em coletiva, Wanderson também afirma que o Brasil já possui 30 mil testes, diferentes dos sul-coreanos, e está adquirindo mais outros 150 mil. Para o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo do Reis, não há questões como falta de recursos para adquirir novos testes rápidos. No entanto, as mudanças na orientação só devem ser feitas a partir da área técnica da pasta.

"Não é problema de recursos. É ter a disponibilidade de testes. Se houver a disponibilidade de testes, e se nossa área técnica nos convencer de que é conveniente expandir os testes, vamos fazer", conclui Gabbardo.

Fonte: O Globo