Brasil estuda liberar 4ª dose da vacina para todos com mais de 18 anos
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 20 de Junho de 2022 às 09h43
O uso da quarta dose da vacina contra a covid-19 deve ser, mais uma vez, ampliado no Brasil. No momento, o Ministério da Saúde estuda liberar a nova dose do imunizante para todos aqueles que têm 18 anos ou mais no país. Ainda não há previsão sobre quando a decisão será oficializada.
- Covid-19: em uma possível nova onda, quem está mais vulnerável?
- 4ª dose da vacina aumenta imunidade e número de anticorpos, revela estudo
"Em 2021, aplicamos duas doses de vacinas. Em 2022, essa deve ser a tendência. Todavia, tem a análise técnica, que precisa ser superada", afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para o jornal Folha de S. Paulo. "Se houver a aprovação [da quarta dose da vacina] para os adultos acima de 18 anos, todos que tomaram a dose de reforço há mais de quatro meses estariam aptos", acrescenta o ministro.
Caso a área técnica da Saúde aprove o uso da quarta dose da vacina por todos com mais de 18 anos, a convocação não será de forma escalonada e nem separada por faixas etárias. Segundo Queiroga, todos poderão receber a dose extra do imunizante contra o coronavírus SARS-CoV-2.
Quem já pode receber a quarta dose no Brasil?
Até o momento, a Saúde recomenda a aplicação da quarta dose da vacina apenas em pessoas com mais de 50 anos, profissionais de saúde ou imunossuprimidos — como aqueles que enfrentam um câncer, passaram por algum transplante de órgão ou convivem com o HIV.
Antes de liberar para todos com mias de 18 anos, é previsto que o Ministério da Saúde amplie o uso da quarta dose, até o final deste semana, de forma menos abrangente. Inicialmente, o acesso à vacina deve incluir pessoas com mais de 40 anos. De forma independente, algumas cidades brasileiras já imunizam pessoas nesta faixa etária, como Distrito Federal, Teresina, Belém e a cidade do Rio de Janeiro.
Qual vacina deve ser usada no reforço?
Vale lembrar que, para receber quarta dose da vacina, a pessoa deve ter recebido a dose anterior do imunizante contra a covid-19 há pelo menos quatro meses. Segundo a Saúde, poderá ser usada uma das seguintes vacinas, independentemente da dose aplicada anteriormente:
- Pfizer/BioNTech;
- Janssen (Johnson & Johnson);
- AstraZeneca/Fiocruz.
No momento, a Saúde não aconselha o uso do imunizante CoronaVac para a segunda dose de reforço contra a covid-19.
Fonte: Ministério da Saúde e Folha de S. Paulo