Brasil é o 3º país com mais mortes semanais pela covid-19 no mundo, diz OMS
Por Fidel Forato • Editado por Luciana Zaramela |
O Brasil volta a registrar crescimento de mortes associadas à covid-19, segundo o último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS). Entre os dias 21 e 27 de novembro, o número de óbitos pela doença aumentou 113% quando comparado ao da semana anterior. No total, foram 535 mortes, o que faz com que o país esteja em terceiro lugar no ranking mundial.
- Sublinhagens BQ.1.1 e XBB da ômicron podem gerar nova onda de covid-19 no mundo
- Duas novas subvariantes da Ômicron são identificadas em São Paulo
Além do aumento no número de óbitos, os dados da OMS indicam que as transmissões da covid-19 também estão em alta no Brasil. No período analisado, foram contabilizados mais de 150 mil novos casos, o que representa uma alta de 64% em relação à semana passada.
No território nacional, o cenário epidemiológico da covid-19 é liderado pelas subvariantes da Ômicron. As cepas BA.4 e BA.5 ainda são predominantes, mas outras subvariantes ganham espaço. São os casos da BQ.1 — conhecida por ser mais transmissível que as outras — e a BE.9, recentemente descoberta no estado do Amazonas.
Quais países mais registram mortes pela covid-19?
De acordo com a OMS, estes são os cinco países que mais registraram mortes em decorrência da covid-19 na última semana, em ordem decrescente:
- Estados Unidos: 2.611 novas mortes;
- Japão: 1.000 novas mortes;
- Brasil: 535 novas mortes;
- Itália: 419 novas mortes;
- China: 395 novas mortes.
Como a covid-19 está afetando o mundo?
Apesar do aumento em novos casos e mortes pela covid-19 no Brasil, este não é o movimento global. Segundo a OMS, o número de novos casos semanais permaneceu estável (aumento de 2%) durante a última semana. No total, foram contabilizadas 2,7 milhões de infecções. Enquanto isso, o número de óbitos caiu 5%, chegando a 8.400 mortes.
No entanto, a OMS alerta que "as tendências atuais nos casos relatados da covid-19 devem ser interpretadas com cautela, pois vários países vêm mudando progressivamente as estratégias de teste, resultando em números gerais mais baixos de testes realizados e, consequentemente, números mais baixos de casos detectados". É a subnotificação.
Globalmente, a cepa BA.5 e suas descendentes se mantêm como predominantes. No entanto, a OMS destaca o crescimento de outras cepas, como BA.2, BQ.1, XBB e BA.2.75. Entre elas, o maior aumento semanal foi da BQ.1, indo de 23% para 27%.
Fonte: OMS