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Aumentar impostos e tornar cigarro mais caro pode diminuir mortalidade infantil

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Aumentar impostos e tornar cigarro mais caro pode diminuir mortalidade infantil, de acordo com um estudo publicado na edição de maio da revista The Lancet. A pesquisa analisou dados de 94 países de baixa e média renda e revelou que elevar a tributação sobre o tabaco tem o potencial de reduzir significativamente as mortes de crianças menores de cinco anos, principalmente entre as populações mais pobres.

De acordo com os autores, “apenas impostos específicos (por quantidade ou peso) foram associados à redução das desigualdades socioeconômicas na mortalidade infantil”, o que indica que a estrutura tributária precisa ser pensada estrategicamente. Pequenos aumentos (de 10%) não foram suficientes para provocar efeitos significativos entre os diferentes níveis de renda.

Exposição passiva à fumaça 

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O estudo também destaca que o tabagismo continua ameaçando a vida de crianças por meio do uso materno durante a gravidez e da exposição à fumaça passiva após o nascimento.

"É necessário integrar o controle do tabaco a estruturas mais amplas de saúde pública, particularmente na saúde materno-infantil, e buscar apoio mais amplo para implementar estratégias convencionais de controle do tabaco, como a tributação do tabaco e leis antitabaco", diz a pesquisa.

Nessas regiões, onde está concentrada a maior carga de doenças relacionadas ao tabaco, a mortalidade infantil segue elevada — um desafio direto aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que o imposto represente pelo menos 75% do preço final do cigarro. No entanto, apenas 41 países alcançaram esse patamar. O estudo reforça que impostos mais altos salvam vidas e também geram recursos públicos para investimentos em saúde infantil e redução da pobreza.

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